O patriarca católico latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, se ofereceu em troca das crianças reféns do Hamas na Faixa de Gaza.

O cardeal falou com jornalistas por videoconferência hoje (16) e respondeu se estaria disposto a se oferecer em troca da libertação das crianças mantidas reféns durante o ataque do Hamas a Israel na semana passada. Ele disse que está disposto a fazer qualquer coisa para “trazer essas crianças para casa”.

"Estou disposto a uma troca? Qualquer coisa, se isso puder levar à liberdade e a trazer de volta essas crianças para casa. Não há problema. Há uma disponibilidade absoluta da minha parte", disse o cardeal.

As Forças de Defesa de Israel anunciaram hoje (16) que 199 reféns israelenses, incluindo crianças, estão detidos pelo Hamas e que os militares estão tentando descobrir onde estão detidos em Gaza. Os terroristas do Hamas ameaçaram na semana passada matar um refém sempre que o exército israelense bombardeasse alvos civis em Gaza.

O patriarca católico latino de Jerusalém disse que é necessário “encontrar uma forma de recuperar os reféns”.

“Estamos dispostos a ajudar, até eu pessoalmente”, acrescentou.

O cardeal Pizzaballa, que lidera os católicos de rito latino que vivem em Israel, nos territórios palestinos, na Jordânia e em Chipre, disse que não teve qualquer comunicação direta com o Hamas desde o ataque surpresa de 7 de outubro a Israel.

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A Santa Sé está disposta a ajudar a mediar um acordo de paz, segundo o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin. Ele disse em uma entrevista sexta-feira (13) que a principal preocupação da Santa Sé em meio ao conflito é "a libertação de reféns israelenses e a proteção de vidas inocentes em Gaza”.

“Não sei quanto espaço há para o diálogo entre Israel e a milícia Hamas”, disse o cardeal Parolin. "Mas se houver, e esperamos que haja, deve ser procurado imediatamente e sem demora".

“A Santa Sé está pronta para qualquer mediação necessária, como sempre”, disse.

O cardeal Pizzaballa convocou um dia de oração e jejum pela paz e reconciliação na Terra Santa para amanhã (17), exortando os católicos a organizar momentos de oração com adoração eucarística e oração do terço “para dar a Deus Pai a nossa sede de paz, justiça e reconciliação".

“Neste momento de tristeza e consternação, não queremos ficar desamparados. Não podemos permitir que a morte e o seu aguilhão (1 Cor 15,55) sejam a única palavra que ouvimos”, disse.

“É por isso que sentimos a necessidade de orar, de voltar nosso coração para Deus, o Pai. Só assim podemos obter a força e a serenidade para viver este tempo, recorrendo a Ele em oração de intercessão, de súplica e também de clamor”.