17 de out de 2023 às 13:42
A agência de ajuda da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA, Catholic Relief Services (CRS), manifestou profunda preocupação com a crescente crise humanitária em Gaza e fez um chamado urgente à comunidade internacional para garantir o acesso imediato à ajuda humanitária na região.
Em nota enviada à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, a CRS pede que “seja permitido o acesso humanitário imediato antes que uma situação humanitária extrema se transforme numa catástrofe”.
“Os civis em Gaza têm direito à segurança e proteção, seja no norte ou no sul”, diz a CRS.
A organização católica também criou um site para quem quer colaborar com a região: support.crs.org/dona/conflicto-tierra-santa.
No dia 7 de outubro, o grupo terrorista Hamas lançou um ataque contra Israel a partir da Faixa de Gaza, começando com o lançamento de ao menos 3 mil foguetes. Mais de 2 mil milicianos cruzaram a barreira entre Gaza e Israel e atacaram bases militares e comunidades civis, causando mais de 1,4 mil mortes, incluindo cerca de 260 pessoas que foram massacradas enquanto participavam de um festival de música em território israelense.
Um número desconhecido de civis, incluindo mulheres e crianças, foi sequestrado pelo Hamas e pelos seus simpatizantes.
Em resposta, Israel declarou “guerra” ao Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, e lançou uma série de ataques por vários meios que mataram quase 3 mil palestinos.
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No meio de alegações de crimes de guerra cometidos por ambos os lados, a Igreja Católica, as Nações Unidas e várias organizações humanitárias apelaram a um cessar-fogo. No domingo (15), o papa Francisco pediu para rezar hoje (17), de maneira especial pela paz na Terra Santa.
A CRS está alarmada com “a crise humanitária que se desenvolve em Gaza. Cerca de um milhão de pessoas, quase metade da população, deve se deslocar depois de uma ordem de evacuação da parte norte deste território”.
“Antes da ordem, mais de 400 mil palestinos já estavam deslocados. Muitos deles estão doentes, deficientes, feridos ou vulneráveis e não podem cumprir esta ordem”, diz a nota.
“A eletricidade foi cortada e os suprimentos essenciais, como alimentos, combustível e água, estão se esgotando perigosamente; em algumas zonas eles estão completamente esgotados. A maioria dos refúgios de emergência excederam a capacidade e os serviços de águas residuais e saneamento estão sobrecarregados, criando as condições para um desastre de saúde pública”, continua a nota.
A CRS também diz que “depois de dias de intensos bombardeamentos, os hospitais estão sobrecarregados para cuidar dos feridos”.
A agência humanitária católica pede “às partes internacionais envolvidas que trabalhem para um cessar-fogo e o fim da violência, que já matou mais de 3 mil pessoas”.
“Juntamo-nos ao apelo do papa Francisco às pessoas de todo o mundo para que 'rezem pela paz em Israel e na Palestina'”, conclui a nota.