VATICANO, 16 de jul de 2004 às 19:58
A ampliação de um acordo com a empresa informática norte-americana Hewlett-Packard permitirá aos Museus Vaticanos e à Biblioteca preservar os conteúdos de seus documentos da ação do tempo e ampliar sensivelmente o acesso aos mesmos.Segundo os especialistas, o ambicioso projeto de digitalização, em andamento desde há alguns anos, levará ainda muito tempo, pois o número de documentos –alguns dos quais se remontam ao século XIII- é surpreendente:
· Mais de 150.000 manuscritos em todo tipo de superfícies.
· 8.300 volumes manuscritos (dos quais 65 são de pergaminho).
· 1.600.000 volumes impressos, antigos e modernos.
· 100.000 documentos soltos
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· 300.000 medalhas e moedas.
“É preciso levar em conta que existe um cúmulo de documentos no Vaticano que fisicamente ocupa 20 quilômetros de galerias”, disse o Porta-voz da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, a Pablo Romero, do jornal “El Mundo” da Espanha.
“Os suportes são também muito variados, e são mito delicados pelo material de fabricação e pelo passar do tempo”.
Além disso, o trabalho deve ser realizado de maneira lenta devido a que freqüentemente se deparam com uma “falta de trabalho documental prévio”, ou seja, com certa desordem no material original.
“Há certos documentos –explicou Navarro-Valls a “El Mundo”-, principalmente os que se referem à doutrina da Fé, ou temas de consciência, que não foram difundidos em seu momento, embora muitos outros tenham sido apresentados à luz pública recentemente, tais como as cartas trocadas entre Henrique VIII e o Vaticano, por motivo de seu divórcio com Catarina de Aragão, por exemplo”.
Finalmente, segundo Navarro-Valls o recurso às novas tecnologias implicam uma dupla vantagem: “pura conservação, e acesso mais fácil para a consulta”