16 de nov de 2023 às 15:13
A Fundação para a Educação e Defesa da Marcha pela Vida nos EUA divulgou o tema da March for Life de 19 de janeiro de 2024, que destaca a necessidade de cuidar tanto da mãe quanto do feto: "Com cada mulher, por cada criança".
Jeanne Mancini, presidente da March for Life, anunciou o tema na tarde de terça-feira na fundação Heritage. Ela estava acompanhada por um painel de três convidados pró-vida para discutir formas pelas quais o movimento pode cuidar de mulheres grávidas, mães e crianças em conjunto.
“Não dizemos que é fácil, mas afirmamos que escolher a vida é a coisa certa a fazer e defendemos que escolher a vida empodera e que o amor salva vidas”, disse Mancini.
Segundo Mancini, há uma “falsa narrativa em torno do aborto” que sugere que ele “empodera e é necessário”. “Esta mensagem baseada no medo tenta convencer as mulheres que enfrentam uma gravidez inesperada de que estão sozinhas, que são incapazes, que não estão preparadas para a maternidade”, denunciou.
Mancini disse que “as mulheres merecem conhecer todas as suas opções”, incluindo “o amor, a compaixão e os recursos gratuitos disponíveis através da extensa rede de segurança pró-vida”. O movimento pró-vida, acrescentou ela, apoia as mulheres “antes, durante e depois da gravidez”.
Falando sobre as ajudas disponíveis para mulheres grávidas, Mancini estava acompanhada por Jean Marie Davis, diretora executiva do Centro de Recursos para a Gravidez Branches em Brattleboro, Vermont; pelo doutor John Bruchalski, fundador da organização pró-vida Divine Mercy Care; e por Whitney Lipscomb, procuradora-geral adjunta do Mississippi.
“Não somos só um centro de gravidez. Isso é só um oitavo do que fazemos. Também ajudamos as mulheres”, disse Davis.
Ela contou a sua experiência pessoal como vítima de tráfico de pessoas dos 2 aos 29 anos e sua decisão de escolher a vida após engravidar. Ela escolheu ficar com o filho depois de visitar um centro de recursos para gravidez local “quando me permitiram ouvir os batimentos cardíacos”.
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Branches administra vários programas, que incluem esforços para ajudar mulheres vítimas de tráfico de pessoas, ajudar mulheres que sofrem violência doméstica e ajudar homens que serão pais. “Escolher é realmente dar-lhes a capacidade de tomar uma decisão”, disse Davis.
Bruchalski, um ex-abortista que se tornou obstetra e ginecologista pró-vida e presta cuidados de saúde para mulheres na Virgínia do Norte, contou que sempre “se preocupa com dois pacientes: a mulher e seu filho ainda não nascido”. Ele disse que sua prática médica trabalha em estreita colaboração com centros de recursos para gravidez e outros membros do movimento pró-vida.
“A medicina trata de saúde, esperança e misericórdia para cada mulher e por cada criança. Não é violenta, não é maliciosa, não divide. É um cuidado de saúde integrador e afirmativo da vida… A medicina como misericórdia verdadeiramente empodera”, acrescentou Bruchalski.
Além de contar sobre o seu trabalho pessoal, Whitney Lipscomb falou sobre os esforços liderados pelo estado no Mississippi para ajudar mulheres grávidas, mães e crianças depois que o estado proibiu a maioria dos abortos. O programa de Acesso Materno de Mississippi conecta mulheres com recursos para serviços de adoção, ajuda durante a gravidez, assistência financeira, cuidado infantil, emprego e outras formas de ajuda para a gravidez.
“Sabemos que muitas mulheres que procuram fazer um aborto escolheriam o contrário [se tivessem] recursos e apoio”, disse Lipscomb.
O anúncio surge uma semana depois de os eleitores do Ohio terem aprovado, num referendo, uma nova emenda à Constituição do estado, criando um suposto direito à “liberdade reprodutiva”, que inclui o “aborto”. Numa dúzia de estados, estão em curso esforços para colocar em votação referendos relacionados com o aborto para as eleições de 2024.
Mancini disse à CNA, agência em inglês da EWTN News, do grupo de comunicação católico EWTN, ao qual pertence a ACI Digital, que o resultado do referendo foi “realmente decepcionante”, mas que March for Life está trabalhando para expandir sua iniciativa de marchas estaduais a todos os 50 estados à medida que as batalhas pelo aborto aumentam. Acrescentou que espera fazer marchas na maioria dos estados que poderiam considerar referendos relacionados ao aborto em 2024.
A March for Life de 2024 será a 51ª marcha anual em Washington D.C., que acontece todos os anos desde o aniversário de um ano da agora extinta decisão da Suprema Corte dos EUA no caso Roe x Wade, que em 1973 e durante quase meio século impôs o aborto em todos os estados do país.