WASHINGTON DC, 1 de fev de 2006 às 14:08
Os ativistas pró-vida consideram que a tecnologia está do seu lado na luta pela defesa do não nascido, pois os avanços da ciência permitem apreciar com claridade que uma mulher grávida carrega no ventre uma pessoa humana.O site LifeSiteNews.com informa que muitos avanços tecnológicos radicam nos progressos obtidos com o ultra-som que permite às grávidas observar o rosto do bebê, permitindo que muitas mudem de opinião sobre o aborto e o condenem.
"A tecnologia permitiu que alguém que não tinha nem voz nem rosto se torne um bebê real", indica Mary Spaulding Balch, diretora de legislação estatal do Comitê Nacional para o Direito à Vida. "Nos anos 70 e 80 quando se debatia o tema do aborto se falava da mãe. Agora o bebê se tornou parte do debate também", acrescenta.
Para David Bereit da American Life League, "existe uma maior consciência nas pessoas de que o aborto é uma injustiça, a destruição de uma vida humana inocente".
Outras organizações pró-vida comentam que as pesquisas que demonstram o complexo desenvolvimento dos bebês nas primeiras etapas da vida também permitiram alguns progressos na defesa da vida do não nascido; assim como os testemunhos de mulheres que se submeteram a um aborto e que sofreram severos danos emocionais e físicos como resultado deste.
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Em todo o país, as leis a favor da vida se multiplicam; desde restrições quanto ao tempo de gravidez para abortar até restrições para programas de educação sexual que o promovem. São já 26 os estados que proibiram o aborto depois do terceiro mês de gravidez; enquanto que quatro estados –South Dakota, Tennessee, Indiana e Ohio– o proibirão completamente, permitindo apenas em caso de risco de morte da mãe.
Para muitos americanos, o aborto é o tema mais importante a ser encarado pela Suprema Corte, segundo os resultados de uma pesquisa de novembro do ano passado realizada pelo Pew Research Center.
John Green, pesquisador do mencionado centro, considera que a legislação pró-vida que se promove atualmente se deve ao esforço de grupos religiosos. "Acredito que seja um momento crítico. Muito do que pesa sobre Alito e os outros juizes da Corte Suprema pode mudar o futuro próximo. Imagino que em uns dez anos aproximadamente pode haver mudanças substanciais nas leis respeito do aborto", indica.
Com a nomeação do juiz Samuel Alito a Suprema Corte, e a presidência da mesma do juiz John Roberts, ambos católicos; os ativistas pró-vida abrigam a esperança de que se reverta a decisão Roe vs. Wade de 1973 que legalizou o aborto nos EUA.