VATICANO, 1 de fev de 2006 às 15:29
Na audiência geral das quartas-feiras, diante de mais de sete mil fiéis vindos de todas as partes do mundo à Sala Paulo VI, o Papa Bento XVI lembrou que o reino que está chamado a instaurar o homem é um reino de piedade, de ternura, de bondade, de graça, de justiça.Ao iniciar sua catequese o Santo Padre afirmou que o Salmo 144 é "um gozoso louvor ao Senhor que é exaltado como um soberano amoroso e terno, preocupado por todas suas criaturas" e que seu "centro espiritual está constituído por uma celebração intensa e apaixonada da realeza divina".
Aprofundando na simbologia real, Sua Santidade fez notar que esta "será central também na pregação de Cristo, é expressão do projeto de salvação de Deus: Ele não é indiferente à história humana, mas sim tem o desejo de atuar um intuito de harmonia e de paz".
Sobre o cumprimento do intuito divino recordou que "é convocada também a inteira humanidade, para que adira à vontade salvadora divina, uma vontade que se estende a todos os homens, a cada geração e por todos os séculos. Uma ação universal que arranca o mal do mundo e põe a glória do Senhor, quer dizer, sua presença pessoal eficaz e transcendente".
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Do mesmo modo, o Pontífice assegurou que "estamos confiados à ação do Senhor potente e amoroso, que tem para nós um designo, um reino para instaurar".
Fazendo posteriormente uma comparação entre o reino que Deus tem para o homem e os reino terrenos, O Papa afirmou que o primeiro "não é feito de potência e de domínio, de triunfo e de opressão", mas sim "é a sede de uma manifestação da piedade, de ternura, de bondade, de graça, de justiça".
Ao final de sua catequese citou São Pedro Crisólogo, quem afirma que a misericórdia do Senhor "é superior a todas suas obras. A misericórdia enche o céu, enche a terra… é por isso que a grande, generosa, única misericórdia de Cristo, que reservou todo julgamento para um só dia, atribuiu todo o tempo do homem à trégua da penitência… é por isso que se precipita totalmente para a misericórdia o profeta que não confia na própria justiça".