19 de dez de 2023 às 10:13
Policiais da cidade de Bournemouth, na costa sul da Inglaterra, impediram que uma voluntária idosa oferecesse ajuda a mulheres grávidas em público, enquanto ela rezava em silêncio e de forma pacífica.
A cientista aposentada Livia Tossici-Bolt (63) também segurava uma placa que dizia “Grávida? Precisa de ajuda?”, quando foi abordada por policiais que lhe disseram que ela estava em uma “zona de contenção”.
Segundo a Alliance Defending Freedom UK (ADF UK), que colabora com a voluntária na apresentação de uma denúncia formal sobre o que aconteceu, a mulher estava fora dos limites da zona de contenção e fora da vista das instalações de um negócio de abortos, que estava numa distância de aproximadamente 150 metros.
No Reino Unido, é proibido fazer expressões a favor ou contra o aborto em “zonas de contenção” perto de negócios de aborto.
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“Há muitos anos dedico o meu tempo a apoiar mulheres com gestações de crise, partilhando informações sobre o apoio disponível caso decidam ficar com os seus bebês. Isto é o que significa a verdadeira escolha para as mulheres. Ao implementar uma ‘zona de contenção’ de censura, as autoridades me impediram de oferecer essa ajuda onde ela é mais necessária, perto do centro de aborto”, denunciou a voluntária.
“Mas mesmo agora, quando eu estava fora dos limites da zona de censura, as autoridades agiram para me intimidar e expulsar, simplesmente por rezar e oferecer ajuda. “Não é certo que lhes seja permitido fazer isto, apenas porque não concordam com as minhas crenças expressas pacificamente”, acrescentou.
Jeremiah Igunnubole, consultor jurídico da ADF UK, disse que em vez de respeitar as liberdades de expressão e pensamento, esta medida procede com “a censura patrocinada pelo Estado, o silenciamento daqueles com opiniões consideradas não convencionais e o enfraquecimento da própria estrutura da nossa democracia”.
Uma mulher identificada como Carla contou a sua experiência, junto com seu parceiro Danny, de ter recebido a ajuda de um voluntário pró-vida em Birmingham.
“Não vejo nenhum problema com a oração pacífica. Não achamos nada intimidante, pelo contrário, foi reconfortante. Se Danny não tivesse aquela pessoa lá naquele dia, acho que ele teria forças para me mandar uma mensagem dizendo que podemos fazer isso (aborto)... Tivemos toda a ajuda que precisávamos, sem intimidação ou pressão ou qualquer coisa. Não há absolutamente nenhuma necessidade de 'zonas de contenção'”, disse Carla.
“Independentemente do tema, não cabe ao Estado ditar quais discursos, pensamentos e opiniões são aceitáveis, especialmente quando expressos de forma pacífica e legal”, acrescentou Igunnubole.