28 de dez de 2023 às 09:57
O ano de 2023 está prestes a terminar e por isso a ACI Digital apresenta uma retrospectiva dos sete acontecimentos mais importantes que marcaram a vida da Igreja Católica neste ano.
1. O enterro de Bento XVI
No último dia de 2022, quando todos se preparavam para receber 2023, a Igreja teve a notícia da morte do papa Bento XVI. Seu corpo foi exposto ao público na Basílica de São Pedro no dia 2 de janeiro e milhares de pessoas foram para se despedir.
O papa alemão, que foi prefeito da então Congregação (hoje Dicastério) para a Doutrina da Fé durante o pontificado de são João Paulo II, teve um funeral especial no dia 5 de janeiro com uma missa massiva rezada pelo papa Francisco. Os restos mortais do papa que surpreendeu com a sua renúncia ao pontificado em 2013 foram sepultados nas grutas vaticanas.
2. JMJ Lisboa 2023, com mais de 1 milhão e meio de peregrinos
Depois de quatro anos de espera por causa da pandemia do coronavírus, a grande Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 aconteceu em Portugal de 1 a 6 de agosto. Neste grande evento, o papa Francisco encontrou-se com milhares de jovens de todo o mundo.
Francisco aproveitou a ocasião para visitar o local das aparições de Nossa Senhora de Fátima. Ele também celebrou uma missa solene de encerramento da qual participaram um milhão e meio de peregrinos. Lá também foi anunciado que a sede da próxima JMJ será Seul, em 2027.
3. A beatificação de uma família completa
Num acontecimento sem precedentes, em setembro deste ano a Santa Sé anunciou a beatificação de uma família inteira. Trata-se dos beatos da família Ulma, composta por Józef, Wittoria e seus sete filhos. Eles foram brutalmente exterminados pelos nazistas, incluindo um bebê que nasceu em meio ao martírio.
A beatificação ocorreu no dia 10 de setembro em Markowa, Polônia, numa missa celebrada pelo prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, com a participação de cerca de 30 mil pessoas vindas de vários países.
4. A guerra em Gaza
Quando o mundo olhava perplexo para a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, o início de outra guerra surpreendeu cristãos, judeus e muçulmanos. Por causa de um ataque de terroristas do Hamas em território israelense, no dia 7 de outubro, festa e Nossa Senhora do Rosário, Israel intensificou as suas operações militares na Faixa de Gaza.
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Atualmente, os terroristas do Hamas mantêm israelenses sequestrados na área, enquanto os militares israelenses procuram desmantelá-los. Muitos morreram em ambos os territórios, incluindo duas cristãs que frequentavam a única paróquia católica em Gaza.
5. O Sínodo da Sinodalidade
Depois de dois anos de preparação e consulta em todo o mundo, teve início no dia 4 de outubro o Sínodo da Sinodalidade, no qual pela primeira vez mais de 50 mulheres tiveram direito a voto. No dia 28 de outubro, a Santa Sé publicou o relatório de síntese do sínodo e no dia seguinte o papa Francisco esteve presente na missa de encerramento.
A segunda parte do Sínodo continuará em outubro de 2024. Entretanto, a Secretaria Geral do Sínodo da Sinodalidade informou que nestes meses será feito trabalho sobre alguns temas, como o “aprofundamento da investigação teológica e pastoral sobre o diaconato e, mais especificamente, sobre o acesso das mulheres ao diaconato”.
6. A bênção às uniões do mesmo sexo
Em 18 de dezembro foi publicada a declaração “Fiducia supplicans, sobre o sentido pastoral das bênçãos” do Dicastério para a Doutrina da Fé, assinada pelo papa Francisco. O documento autoriza bênçãos de casais em situação irregular, como divorciados em nova união, e uniões do mesmo sexo.
Esta nova diretriz, que permite a bênção a uniões do mesmo sexo num contexto não litúrgico e no qual não se confunda com um tipo de casamento, suscitou reações diversas entre cardeais e bispos de diferentes partes do mundo.
7. Perseguição contra a Igreja Católica na Nicarágua
No dia 24 de dezembro, o segundo vigário da catedral de Matagalpa, padre Jader Guido, foi preso durante 12 horas pelo governo da Nicarágua. Isto porque na missa da manhã o sacerdote pediu pelo seu bispo, dom Rolando Álvarez, bem como por todos os padres e religiosos da diocese.
O bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, está preso desde 10 de fevereiro de 2023, quando o regime de Daniel Ortega, ex-líder guerrilheiro de esquerda que soma 30 anos no poder, condenou o bispo a mais de 26 anos de prisão, acusado injustamente de “traidor da pátria”.
Em 20 de dezembro, um segundo bispo também foi preso. Foi o bispo de Siuna, dom Isidoro del Carmen Mora Ortega, de 63 anos. A prisão ocorreu um dia depois de o bispo ter celebrado uma missa em Matagalpa e ter pedido para rezar pelo bispo de lá, dom Rolando Álvarez. O governo da Nicarágua também proibiu diversas procissões.