29 de dez de 2023 às 12:54
A Delegação do Governo em Madri mobilizou cerca de 20 policiais das Unidades de Intervenção Policial, a tropa de choque, para impedir que dez pessoas rezassem o rosário perto da clínica de aborto Dator.
Ontem (28), dia dos Santos Inocentes, os agentes prenderam Jesús Poveda, que há quase 40 anos ajuda mães em risco de aborto, na frente da clínica.
Poveda é fiel ao que já é uma tradição do movimento pró-vida na Espanha, ao fazer um ato de resistência passiva apenas num dia por ano, o dos Santos Inocentes, enquanto dedica os outros 364 a salvar bebês.
Na madrugada de ontem (28), pessoas não identificadas colocaram cartazes com imagens explícitas de bebês abortados com slogans como “ele é um santo inocente” ou “você vai olhar para o outro lado?”
Às 9h, Jesús Poveda foi até a porta do centro de aborto e sentou-se no chão em protesto. Pouco depois, um grupo do movimento Rezar não é Crime chegou ao local com a intenção de meditar nos mistérios luminosos do rosário.
Vários policiais os deslocaram para cem metros do local. Exibindo uma grande cruz e uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, o grupo começou a rezar o rosário de joelhos.
Ao lado deles estava uma mulher carregando uma placa com o slogan habitual da iniciativa 40 Dias pela Vida: “Você não está sozinha, nós podemos ajudá-la”.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Alguns dos manifestantes disseram à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que os agentes apenas lhes comunicaram que havia outro evento convocado e comunicado à Delegação do Governo e que por isso tinham que sair do local. Os pró-vida alegam que, segundo a lei, não constituíam uma manifestação uma vez que havia menos de 20 pessoas.
Enquanto isso acontecia, entrou em cena um grupo de feministas, menos de dez, que planejavam se manifestar no local, como fazem regularmente há alguns anos.
Elas exibiram faixas com slogans conhecidos como “tirem os rosários dos nossos ovários” ou “luta feminista = luta trans”, enquanto tocavam música audível em toda a rua através de um alto-falante.
Por volta das 9h30, os agentes obrigaram Poveda a abandonar o local, ao lado da porta da clínica de aborto. Ele se recusou. Então os agentes o puseram em uma viatura e o levaram à delegacia.
Durante toda a hora em que os voluntários pró-vida estiveram no local, a polícia não permitiu que se deslocassem sem ser seguidos por vários agentes.