17 de jan de 2024 às 16:30
María Lourdes Varela, diretora de 40 Dias pela Vida na Ibero-América, denunciou o que considera um crescente negócio de "turismo" do aborto em destinos turísticos populares no México.
Em entrevista à ACI Prensa, Varela lamentou que essa prática tenha se tornado comum em destinos como a Cidade do México, Tijuana, Cancun e Veracruz.
A líder pró-vida salientou que "há uma forte promoção de 'pacotes turísticos de aborto'", o que "demonstra que simplesmente o que é ilegal se tornou legal e que eles não se importam que uma mulher aborte, desde que possam cobrar por isso".
"A menina (que faz um aborto) é submetida a um procedimento em uma cidade que não é a sua, sem diagnóstico sério ou acompanhamento de médio e longo prazo. O resultado mais provável é que, uma vez terminado o aborto, eles nunca mais terão que vê-la", denunciou o líder pró-vida.
Varela também criticou o fato de que "a indústria do aborto não se importa se há sequelas, ela só quer concluir um assassinato rapidamente e, sem consultas adicionais, fechar uma venda e aumentar sua riqueza".
Na Cidade do México, o aborto foi descriminalizado até a 12ª semana de gestação desde 2007. Nos últimos cinco anos, legislação semelhante foi aprovada em dez Estados do país.
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O aborto pode ser feito em centros de saúde públicos ou privados.
Em setembro de 2021, a Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN) abriu a porta para a descriminalização do aborto em todo o país ao declarar inválidos os artigos que criminalizavam o aborto no Código Penal do estado de Coahuila. Em decisões posteriores, a SCJN repetiu os mesmos critérios para outros Estados.
Varela indicou que, desde 2022, com a anulação da decisão Roe x Wade da Suprema Corte americana, que liberou o aborto nos EUA em 1973, vários centros de aborto foram abertos em cidades na fronteira mexicana com os EUA. "O 'turismo da morte' está sendo explorado para aumentar suas vendas com o sangue de inocentes".
A diretora dos 40 Dias pela Vida na Ibero-América pediu às autoridades mexicanas que usem seus recursos econômicos para proteger "a vida e a vida com dignidade; não para matar".
"O aborto não é saúde, não é vida e não ajuda ninguém", disse ela, ressaltando que o dinheiro dos impostos mexicanos "não deve ser usado para matar os menores e mais inocentes mexicanos a sangue frio".