Em uma entrevista coletiva em Washington D.C. em 25 de janeiro, o correspondente da EWTN na Casa Branca, Owen Jensen, perguntou por que a Nigéria não está na lista de países particularmente preocupantes e se o governo considera que os cristãos são perseguidos no país.

Vedant Patel, porta-voz adjunto principal do Departamento de Estado dos EUA, respondeu: "Estamos prestando atenção e avaliando as circunstâncias da liberdade religiosa em países ao redor do mundo, incluindo a Nigéria é claro, e esse trabalho continuará”.

Depois da conferência, a Assessoria de Imprensa do Departamento de Estado destacou que, durante sua visita a Nigéria em 23 de janeiro, o Secretário de Estado Antony Blinken se solidarizou com os nigerianos pelos recentes ataques ocorridos no final de dezembro.

"Quero estender minhas condolências do povo americano a todos os nigerianos que foram afetados pelos terríveis ataques no fim de semana do Natal. Sentimos muito por sua perda e pela partida daqueles que morreram", declarou.

Durante os dias anteriores e posteriores ao Natal, cerca de 200 cristãos foram mortos por milicianos muçulmanos de etnia fulani em 26 vilarejos nigerianos. Segundo a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), os assassinatos ocorreram no estado de Plateau entre 23 e 26 de dezembro.

O Departamento de Estado também indicou que, em 18 de janeiro, a secretária assistente para assuntos africanos, Molly Phee enfatizou a importância de promover o respeito e a proteção dos direitos humanos, incluindo a liberdade religiosa, como parte do diálogo da administração com o governo nigeriano e os serviços de segurança.

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Em informações adicionais, a assessoria de imprensa do Departamento de Estado disse que continua "profundamente preocupada com a violência e a insegurança que impacta as comunidades de todas as religiões e crenças na Nigéria, incluindo cristãos e muçulmanos".

"Regularmente vemos com o governo nigeriano as maneiras de aumentar a segurança e a proteção da liberdade religiosa ou de crença de todo o povo nigeriano", acrescenta.

"Os Estados Unidos assistem o governo nigeriano no combate a terroristas e grupos armados que estão atacando os membros das comunidades religiosas na Nigéria", concluiu.

Em 13 de novembro de 2023, a ACN contabilizava 23 sequestros de padres, religiosos e seminaristas, um número ligeiramente menor do que o apresentado no relatório de dezembro de 2022, que relatou 28 sequestros de agentes pastorais ao longo de todo aquele ano.

Dos sequestrados, um foi morto e os outros 22 foram libertados. Destaca-se o caso do noviço beneditino, Godwin Eze sequestrado de seu mosteiro em 17 de outubro e depois assassinado a tiros.