“O nosso primeiro trabalho espiritual é este: abandonar o Deus que pensamos conhecer e converter-nos a cada dia ao Deus que Jesus nos apresenta no Evangelho, que é o Pai de amor e o Pai da compaixão. O Pai próximo, compassivo e terno”, disse o papa Francisco no Ângelus de hoje (4), na Praça de São Pedro, no Vaticano.

No início da sua reflexão, o papa disse que o Evangelho do dia mostra Jesus em movimento, pregando e fazendo ações de compaixão. Ele destacou a passagem onde Jesus cura a sogra de Simão Pedro e, depois, sai novamente ao encontro dos enfermos e possessos, curando-os. Finalmente, Jesus retira-se para rezar e inicia a sua viagem pela Galileia (cf. Marcos 1,29-39).

O papa falou da revelação do “rosto do Pai” através de Jesus, que vai ao encontro da humanidade ferida. Para o papa, há a possibilidade de que dentro das pessoas ainda exista a ideia de um Deus “distante, frio e indiferente à nossa sorte”, mas o Evangelho mostra que Deus é um Pai “cheio de amor que se faz próximo, que visita as nossas casas, que quer salvar e libertar, curar de todo mal do corpo e do espírito”.

“Deus está sempre perto de nós. A atitude de Deus pode ser expressa em três palavras: proximidade, compaixão e ternura. Deus que se faz próximo para nos acompanhar, terno, e para nos perdoar. Não se esqueçam disto: proximidade, compaixão e ternura. Este é o comportamento de Deus”, disse ele.

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O papa Francisco encorajou então as pessoas a olharem para o caminho de Jesus como um guia espiritual, abandonando a sua anterior concepção de Deus e aproximando-se cada dia mais do Deus apresentado por Jesus no Evangelho.

“Quando descobrimos o verdadeiro rosto do Pai, a nossa fé amadurece: não ficaremos mais “cristãos da sacristia”, ou “de sala”, mas sentimo-nos chamados a tornar-nos portadores da esperança e da cura de Deus.”, concluiu o papa Francisco.

No final da reflexão, invocou a intercessão de Nossa Senhora, “Mulher a caminho”, para ajudar a humanidade “a anunciar e testemunhar o Senhor que é próximo, compassivo e terno”.