5 de fev de 2024 às 09:08
O bispo de David, Panamá, cardeal José Luis Lacunza, pediu desculpas no final da missa dominical celebrada na catedral de San José ontem (4). Ele desapareceu por dois dias e foi encontrado são e salvo.
Durante a missa, o cardeal dirigiu-se aos presentes nos seguintes termos: “Quero me desculpar e pedir perdão pelo desagrado que lhes causei nos últimos dias. Sei que vocês passaram por momentos difíceis. Alguns de vocês derramaram muitas lágrimas. Eu não as mereço, digo-lhes com sinceridade, mas agradeço por elas. E agradeço, acima de tudo, por suas orações”.
Sem dar detalhes sobre o que aconteceu durante o tempo em que foi anunciado o seu desaparecimento, ele disse: “Foi uma travessura estúpida. Eu não fiz isso quando tinha 15 anos e fiz agora, quando estou prestes a fazer 80 anos. Que barbaridade! Quanto mais velho, mais estúpido”.
“Agradeço por todo o carinho e por todas as orações que vocês dedicaram. Peço mil desculpas e agradeço do fundo do coração toda a sua preocupação”, concluiu o cardeal.
O caso do cardeal Lacunza
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O cardeal José Luis Lacunza, natural de Pamplona, Espanha, desapareceu na terça-feira (30), e foi encontrado são e salvo na última quinta-feira (1º). A diocese de David comunicou o seu desaparecimento à Polícia, por isso foi iniciada uma investigação pelo Ministério Público.
Um comunicado diocesano publicado no dia da sua aparição expressou gratidão pelos esforços das autoridades e informou que o cardeal faria exames médicos.
O padre Josué Pilides disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que o cardeal saiu na tarde de terça-feira numa caminhonete de uma forma “totalmente inusitada” porque o cardeal é “um homem de costumes, com uma rotina bastante comum”.
Membro da Ordem dos Agostinianos Recoletos, o cardeal Lacunza emitiu os votos solenes em 1967, em Pamplona, e foi ordenado sacerdote dois anos depois. Depois de trabalhar como professor em Madri, foi destinado ao Panamá, onde foi nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de mesmo nome em 1985 por são João Paulo II.
Em 1995 foi destinado à diocese de Chitré e cinco anos depois à diocese de David. Depois de servir como presidente da Conferência Episcopal do Panamá em duas ocasiões, foi nomeado cardeal em 14 de fevereiro de 2015 pelo papa Francisco.