ROMA, 9 de fev de 2006 às 13:32
A imprensa turca difundiu as declarações de uma advogada, segundo a qual o suposto assassino do sacerdote italiano morto no domingo, cumpriu ordens de um grupo radical que quis protestar pela publicação das polêmicas caricaturas do profeta Maomé.A advogada Mahya Usta declarou ao jornal local Aksam que ainda não decidiu se assumirá a defesa do jovem detido pela morte do sacerdote, mas garantiu que este confessou ser autor do crime do Padre Andrea Santoro.
Usta afirma que o jovem tinha sido recrutado por um grupo radical islâmico que tem sua sede na cidade de Trabzon, para cometer o crime depois da publicação das polêmicas caricaturas do profeta Maomé.
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"Há uma organização islamista, cujo nome não me facilitou. Este jovem ia a uma casa onde se reuniam membros do grupo", indicou Usta e explicou que a organização convenceu o menor a cometer o assassinato em revanche pelas caricaturas –que não têm relação alguma a Igreja– e com o pretexto de que "como é jovem, terá uma pena leve".
O Padre Santoro, de 60 anos de idade, foi assassinado a tiros enquanto rezava na igreja da Santa Maria de Trabzon. Segundo as testemunhas, seu assassino gritou "Alahu Akbar (Alá é grande)".
O menor foi detido na terça-feira pela polícia turca e encontraram em seu poder uma pistola que coincidia com a arma do homicídio.