1 de mar de 2024 às 14:29
O papa Francisco recebeu hoje (1º) os participantes da Conferência “Vulnerabilidade e comunidade, entre o acolhimento e a inclusão”. No discurso, lido por monsenhor Filippo Ciampanelli por causa do resfriado do papa, Francisco deu três conselhos sobre como acolher os vulneráveis.
Em primeiro lugar, “para acolher irmãos e irmãs vulneráveis, devo me sentir vulnerável e acolhido como tal por Cristo. Ele sempre nos precede: Ele se fez vulnerável, até o ponto da Paixão; acolheu nossa fragilidade para que, graças a Ele, possamos fazer o mesmo”.
“Se permanecermos n’Ele, como ramos na videira, daremos bons frutos, também vasto campo da acolhida”, acrescentou.
O segundo conselho do papa é considerar que “a vulnerabilidade não pode ser uma questão ‘politicamente correta’, nem uma mera organização de práticas, por melhores que sejam”. Este alerta está relacionado com o risco de que “a vulnerabilidade possa tornar-se uma categoria, as pessoas em indivíduos sem rosto, o serviço numa “performance”.
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Por isso, disse que “devemos permanecer firmemente ancorados no Evangelho, em Jesus, que não ensinou seus discípulos a planejar uma assistência aos doentes e aos pobres. Jesus quis formar os discípulos em um estilo de vida, estando em contato com os vulneráveis, em seu meio”.
“E depois da Ressurreição, o Espírito Santo imprimiu esse modo de vida neles”, continuou.
Este modo de vida foi abraçado por “homens e mulheres que se tornaram santos por amarem pessoas vulneráveis”, alguns dos quais são canonizados. Em relação àqueles que não têm o reconhecimento oficial da sua santidade, o papa encorajou-os a “compartilhar as histórias dessas testemunhas ocultas do Evangelho com simplicidade e gratidão”.
O terceiro conselho dado por Francisco exorta a ter presente que, “no Evangelho, os pobres, os vulneráveis, não são objetos, são sujeitos, são protagonistas junto com Jesus na proclamação do Reino de Deus” como revelado, por exemplo, nos episódios da cura do cego Bartimeu ou do exorcismo de Maria Madalena que, embora "atormentada por sete demônios, tornou-se a primeira testemunha de Jesus ressuscitado".