12 de mar de 2024 às 16:07
A Conferência Episcopal Portuguesa ressaltou hoje (12) a “forte diminuição do abstencionismo” nas eleições de domingo (10) para a Assembleia da República e pediu aos eleitos “que garantam a estabilidade política”. A taxa de abstenção foi de 33,77%, a mais baixa desde 1995, quando ficou em 32,9%.
A Aliança Democrática (AD), coalizão de centro, elegeu 79 deputados, dois a mais do que tinha na legislatura anterior. O Partido Socialista (PS), que tinha 120 parlamentares, foi o grande derrotado e elegeu apenas 77. A grande novidade, no entanto, foi o Chega, de direita, que passou de 12 para 48 deputados eleitos.
A CEP se pronunciou dois dias depois das eleições, em um “Comunicado do Conselho Permanente”, publicado depois da reunião mensal deste conselho.
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No comunicado, que apresenta os diversos temas que foram abordados durante a reunião, a CEP diz que, “sobre as recentes eleições legislativas, o Conselho realçou a forte diminuição do abstencionismo e a forma pacífica e educada como decorreu o processo eleitoral, expressões da consolidação do sistema democrático entre nós, 50 anos após a Revolução do 25 de Abril”.
A Revolução de 25 de Abril, também chamada Revolução dos Cravos, aconteceu em 1974 e pôs fim ao regime conhecido como salazarismo, no poder desde 1933, com o Estado Novo de António de Oliveira Salazar.
“O Conselho apela aos democraticamente eleitos para que garantam a estabilidade política durante a legislatura e reforça a mensagem da Conferência Episcopal divulgada antes das eleições: que os eleitos estejam ao serviço do bem comum, devolvam a esperança e a confiança aos cidadãos e encontrem soluções para os problemas e as desigualdades sociais”, acrescenta o comunicado.