15 de mar de 2024 às 14:55
Dirigindo-se aos membros do Dicastério para a Evangelização – Seção para os Assuntos Fundamentais para a Evangelização do Mundo, o papa Francisco encorajou-os a promover o conhecimento e o estudo do Catecismo da Igreja Católica, aprovado por são João Paulo II em 1992.
“Encorajo-vos a encontrar maneiras para que o Catecismo da Igreja Católica possa continuar sendo conhecido, estudado e valorizado, para que dele possam ser extraídas respostas às novas exigências que surgem com o passar das décadas”, disse o papa Francisco no seu discurso, que foi lido por monsehor Filippo Ciampanelli no encontro que aconteceu no Palácio Apostólico do Vaticano.
No dia 7 de dezembro de 1992, são João Paulo II publicou o Catecismo da Igreja Católica, que resume toda a doutrina católica.
O papa Francisco destacou no seu discurso a importância de incentivar a catequese, promovendo especificamente o novo ministério laical do catequista, para que os jovens e não apenas os idosos possam cumprir este papel.
Com uma fé renovada pela catequese, pode-se enfrentar o atual secularismo sofrido por diversas igrejas locais, onde existem problemas que vão “desde a perda do sentido de pertença à comunidade cristã até a indiferença em relação à fé e aos seus conteúdos”.
Depois de exortar a não desanimar, o papa Francisco lembrou que “o apelo à autonomia da pessoa, apresentado como uma das reivindicações do secularismo, não pode ser teorizado como independência de Deus, porque é Deus que garante a liberdade de ação pessoal.”.
“O grande problema que temos diante de nós é compreender como superar a ruptura ocorrida na transmissão da fé. Para isso, é urgente recuperar uma relação eficaz com as famílias e os centros de formação”, disse Francisco.
Depois de dizer que “a fé no Senhor Ressuscitado é o coração da evangelização”, o papa recordou que ela só cresce no encontro pessoal com Jesus, sem o qual haverá sempre a “tentação de fazer da fé uma teoria e não um testemunho de vida”.
A espiritualidade da misericórdia
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O papa Francisco recordou então que “Deus é misericórdia: esta mensagem perene foi relançada com renovada força e modalidades por são João Paulo II para a Igreja e a humanidade, no início do terceiro milênio”.
“A pastoral dos Santuários, que é de sua responsabilidade, precisa ser imbuída de misericórdia, para que quem chega a esses lugares possa encontrar oásis de paz e serenidade”, continuou o papa.
O papa também se referiu aos missionários da misericórdia, que com "o seu serviço generoso ao Sacramento da Reconciliação, dão um testemunho que deve ajudar todos os sacerdotes a redescobrir a graça e a alegria de serem ministros de Deus que perdoa sempre e sem limites".
O Jubileu de 2025
Francisco disse que o Jubileu de 2025 será um acontecimento “no qual deverá emergir a força da esperança” e anunciou que dentro de algumas semanas publicará a carta apostólica para convocá-lo oficialmente.
“O acolhimento dos peregrinos, porém, deve manifestar-se não só nas necessárias obras estruturais e culturais, mas também em permitir-lhes viver a experiência da fé, da conversão e do perdão, para encontrar uma comunidade viva que dá testemunho alegre”, disse.
O papa Francisco pediu para não esquecer “que este ano que antecede o jubileu é dedicado à oração. Precisamos redescobrir a oração como uma experiência de estar na presença do Senhor, de nos sentirmos compreendidos, acolhidos e amados por Ele”.
Na conclusão do Ângelus em 21 de janeiro deste ano, Domingo da Palavra de Deus, o papa Francisco anunciou o início do Ano de Oração em preparação para o Jubileu de 2025.