18 de mar de 2024 às 14:20
O casamento foi instituído por Deus quando ele criou o homem e a mulher. Para os cristãos, Jesus Cristo elevou-o à dignidade de sacramento; que confere aos cônjuges uma graça especial de serem fiéis um ao outro e de se santificarem na vida familiar, visto que o matrimônio cristão é uma autêntica vocação sobrenatural.
Deus propõe o caminho conjugal como meio para que os cônjuges, que se entregam completamente um ao outro, cresçam numa vida de graça, negando-se a si mesmos, assim como “Cristo amou a Igreja e se entregou por ela... para santificá-la” (Ef 5, 25-26).
Neste caminho podem surgir desafios e contratempos que colocam à prova os cônjuges e são uma oportunidade para reafirmar o amor e o compromisso que ambos assumiram com Deus.
Para enfrentar melhor os tempos de tempestade, a Igreja oferece aos cônjuges a possibilidade de se confiarem aos santos padroeiros, que servem de intercessores no Céu, para pedirem a Deus a graça de um casamento santo e duradouro.
Abaixo, oito santos que zelam pelos temas relacionados à família e ao casamento, para pedir sua ajuda quando surgirem dificuldades:
1. São José – Padroeiro dos pais
No plano reconciliador de Deus, são José teve um papel essencial: foi-lhe confiada a grande responsabilidade e o privilégio de ser o pai adotivo do Menino Jesus e de ser o casto esposo da Virgem Maria.
São José, santo custódio da Sagrada Família, nasceu em Belém, cidade de Davi, de quem era descendente. Ele protegeu a Imaculada Mãe de Deus e ajudou a criar o Menino Jesus. No entanto, não há citação de são José nos Evangelhos. Pelo contrário, ele foi um servo de Deus silencioso e humilde, que desempenhou plenamente o seu papel.
2. Santa Marta – Padroeira das donas de casa
Santa Marta, irmã de Maria e Lázaro, morava numa cidade perto de Jerusalém chamada Betânia e é lembrada pela frase de Jesus que está registrada no evangelho de são Lucas: “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a boa parte, que lhe não será tirada”.
Esta santa é geralmente invocada pelos fiéis para pedir sua proteção diante de coisas urgentes e difíceis, pois com suas orações obteve a ressurreição de seu irmão Lázaro.
3. Santa Gianna Beretta Molla – Padroeira das mães e dos nascituros
Gianna Beretta era muito devota de Nossa Senhora e costumava falar da Mãe de Deus nos encontros com as meninas da Ação Católica e nas cartas ao seu futuro marido. Tornou-se médica e incentivou as gestantes a receberem seus filhos como um presente de Deus.
No início da quarta gravidez, os médicos diagnosticaram um tumor no útero e sugeriram que ela fizesse um aborto “terapêutico” para se salvar. Ela recusou e pediu ao cirurgião que preservasse seu bebê “a todo custo”.
Ela deu à luz sua filha em 21 de abril de 1962, Sábado Santo. Porém, santa Gianna começou a sentir dores abdominais e febre devido à peritonite séptica. Ela morreu em 28 de abril, aos 39 anos
4. Santa Mônica – Padroeira das mães de família
Ainda jovem e por acordo entre os pais, Mônica casou-se com Patricio, um homem violento e mulherengo. A mulher orava pela conversão do marido, que foi batizado pouco antes de morrer.
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Infelizmente, Agostinho, seu filho mais velho, era um jovem de atitudes egoístas e impetuosas, que vivia longe da fé. Mônica esperava que ele se convertesse, por isso ela rezava e oferecia sacrifícios espirituais.
Depois de muitos anos de incertezas, santo Agostinho foi finalmente batizado na Páscoa do ano 387. Pouco tempo depois, quando ambos voltavam para Tagaste, santa Mônica adoeceu e morreu no porto de Ostia, Itália.
5. São Domingos Sávio – Padroeiro das mulheres grávidas
São Domingos Sávio queria ser sacerdote desde pequeno e depois de conhecer dom Bosco entrou no Oratório de São Francisco de Sales, em Turim, Itália.
Por causa da sua saúde debilitada, teve que deixar o oratório e voltar para casa. Ele morreu em 9 de março de 1857, pouco antes de fazer 15 anos, e exclamou: “Que coisa linda eu vejo!”
6. São Joaquim e Sant’Ana – Padroeiros dos avós
Os pais de Nossa Senhora avós de Jesus eram pessoas de profunda fé e confiança em Deus. Educaram na fé a sua filha Maria, alimentando o seu amor pelo Criador e preparando-a para a sua missão.
Bento XVI, em 2009, destacou – através das figuras de são Joaquim e sant’Ana – a importância do papel educativo dos avós, que na família “são repositórios e muitas vezes testemunhos dos valores fundamentais da vida”.
7. Santa Fabíola – Padroeira dos divorciados
Santa Fabíola divorciou-se do marido adúltero depois de muitos anos de abusos físicos e emocionais. Depois da morte de seu segundo marido, ela fez penitência pública e foi aceita de volta na Igreja pelo papa são Sirício.
A santa renunciou às riquezas deste mundo e dedicou a sua vida às necessidades dos pobres e doentes. Fundou o primeiro hospital e hospício em Porto Romano para os pobres e peregrinos visitantes.
8. Santa Rita de Cássia – Padroeira dos casamentos difíceis
Santa Rita de Cássia foi filha obediente e esposa fiel, mas foi maltratada. Depois de 20 anos de casamento o marido se converteu, Rita o perdoou e juntos se aproximaram da vida de fé. Um dia ele não voltou para casa e o encontraram morto.
Os filhos juraram vingar à morte do pai. Diante disso, santa Rita rogou ao Senhor que salvasse seus filhos e tirasse suas vidas antes que fossem condenados a um pecado mortal como o homicídio.
Ambos sofreram uma doença terrível e antes de morrerem perdoaram os assassinos do pai.
Santa Rita entrou para as irmãs agostinianas. Ela experimentou os estigmas e as marcas da coroa de espinhos em sua cabeça. Depois de uma doença grave e dolorosa morreu em 1457.