O papa Francisco promulgou novas regras para a administração da basílica de Santa Maria Maior, onde ele disse que quer ser sepultado junto a seis outros papas. Santa Maria Maior é a primeira igreja dedicada à mãe de Deus na cristandade.

Na quarta-feira (20), a Santa Sé publicou as reformas do Cabido da Basílica, com as quais o papa Francisco pretende dar mais importância ao trabalho espiritual e à pastoral dos cônegos da basílica.

Em 2021, o papa Francisco nomeou dom Rolandas Makrickas comissário para cuidar da gestão econômica e financeira do Cabido.

Agora, o papa Francisco “libera” os cônegos “de todos os deveres de natureza econômica e administrativa”.

Segundo o Vatican News, “há séculos, o Cabido guarda os tesouros de Santa Maria Maior, como a efígie da Salus Populi Romani e a relíquia do Santo Berço, cuidando do decoro das celebrações litúrgicas e acolhendo os fiéis que ali se reúnem”. 

Segundo o quirógrafo divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o objetivo do papa é que os clérigos “possam dedicar-se, plenamente e com renovado vigor, ao acompanhamento espiritual e pastoral que os peregrinos de todo o mundo procuram e desejam” encontrar quando “eles cruzam o limiar do primeiro santuário mariano no Ocidente”.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Francisco concedeu ao arcipreste coadjutor da basílica papal de Santa Maria Maior, dom Makrickas, “todas as faculdades necessárias para a moderação e aplicação dos novos regulamentos e para o governo do Cabido”.

O arcebispo continuará também exercendo a representação legal do Cabido e, até a tomada de posse do Conselho de Administração, o poder de praticar atos de administração ordinária e extraordinária.

O papa Francisco atribuiu-lhe as funções de vigário do arcipreste, de delegado para a pastoral e de delegado para a administração, até às respetivas nomeações.

Os dois delegados, juntamente com o arcipreste que preside, formarão o Conselho de Administração, com um representante do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano e um representante da APSA (Administração do Patrimônio da Sé Apostólica).

O estatuto estabelece ainda que só se pode ser cônego por cinco anos, sendo que os maiores de 80 anos não terão mais qualquer função e tudo ficará nas mãos de um Conselho de Administração.