ROMA, 13 de fev de 2006 às 14:58
A agência vaticana Fides informou que segundo as últimas investigações, o Padre José Alfonso Moreira, o missionário de 80 anos assassinado em Angola, teria morrido em um caso de vandalismo e não em um crime político.O missionário, cujos funerais se celebraram na cidade da Luanda, pertencia à Congregação do Espírito Santo (Espiritanos). Foi assassinado na quinta-feira, 9 de fevereiro, em sua residência em Bailundo, a 60 quilômetros ao norte de Huambo, em Angola.
Fontes da polícia angolana citadas pela Fides revelaram que "o Pe. Moreira foi assassinado com 7 tiros de arma de fogo a muito curta distância e que foram dados no rosto. O missionário acabava de ir dormir, quando cerca de quinze pessoas armadas irromperam em seu quarto e o mataram sem lhe dar nem sequer tempo de descer da cama."
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"A pista do banditismo parece evidente porque a casa do missionário apareceu toda revirada e o catequista que ajudava o missionário sofreu fortes ameaças para entregar qualquer objeto de valor que na realidade nem existiam", referem as fontes. "Infelizmente, o fenômeno do banditismo está cada vez mais difundido e realmente existe o perigo de ser assassinado por nada", acrescentaram.
Segundo estas mesmas fontes, "o Pe. Moreira era muito querido por todos porque sempre tinha dado um verdadeiro testemunho de amor à missão até em tempos difíceis. O missionário prestou ininterruptamente seu serviço em Bailundo durante mais de 40 anos, inclusive durante a dramática guerra civil de 1975-2002. A localidade foi conquistada pela guerrilha da UNITA (União Nacional pela independência Total de Angola) e em seguida pelo exército de Luanda. Mas o Pe. Moreira conseguiu sempre conservar sua neutralidade sem ceder a compromissos com ninguém, para poder anunciar o Evangelho e servir o próximo na liberdade dos filhos de Deus".