A Justiça de Catamarca, Argentina, condenou o padre Renato Rasgido a 15 anos de prisão por abuso sexual contra um menor.

A sentença foi anunciada na quarta-feira (3) depois de um mês e meio de julgamento, que por sua vez demorou dez anos para ser realizado.

Depois que as acusações de abuso sexual foram comprovadas e o crime de corrupção de menores foi descartado, os juízes determinaram a sentença. Entretanto, até que o veredicto seja final, o padre permanecerá em liberdade.

O padre Rasgido foi condenado por quatro atos de abuso sexual, agravados por ser ministro de um culto reconhecido, diz o site La Unión Digital. Ele foi absolvido da acusação de corrupção de menores, por isso a pena não foi a solicitada pelo Ministério Público (24 anos).

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A advogada Silvia Barrientos, representante dos autores da ação, reconheceu que, embora não seja a sentença que solicitaram, estão satisfeitos, mas insistiu que não deveriam ter absolvido o padre dos crimes de corrupção de menores, por isso vão entrar com um recurso.

A vítima – que sofreu os abusos quando tinha 12 anos – expressou na Rádio Valle Viejo o seu desejo de que os sobreviventes dos abusos cometidos pelo padre Rasgido, mas que não se animaram a fazer denúncias, encontrem alívio depois da sentença.

“Esperei tanto por esse momento para aproveitá-lo com minha família, o pessoal da Rede (de Familiares de Vítimas de Abuso Eclesiástico). “Há muito tempo que lutamos contra isto juntos”, disse.

“Hoje, com 25 anos, pude olhar para a sua cara (do Padre Rasgido). Quando eu tinha 12 anos ele se aproveitou de mim, da minha infância. Hoje posso dizer que estou maior e consegui enfrentá-lo e venci a luta”, disse.