O Cardeal Sergio Sebastiani, Presidente da Prefeitura para os Assuntos Econômicos da Santa Sé, afirmou que "não podemos cair na armadilha dos que dirigem o fundamentalismo" referindo-se à reação do islamismo às polêmicas caricaturas de Maomé em um jornal dinamarquês e o homicídio do sacerdote italiano Andrea Santoro na Turquia.

Em uma entrevista concedida ao jornal italiano Il Giornale, o Cardeal assinalou que "estes são fatos preocupantes, mas não devemos cair na armadilha de quem manipula o fundamentalismo". "Existe uma grande preocupação pela situação que está cada vez pior. Os grupos nacionalistas que agitam a bandeira do descontentamento islâmico procuram gerar um ‘choque entre civilizações’", destacou.

Um dos temores do Cardeal se refere à existência de "terroristas utilizando o fundamentalismo fanático. Espero que os países muçulmanos se dêem conta disso e espero também que enquanto o façam se gera uma reação honesta e pacífica".

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O Cardeal Sebastiani, quem fora Núncio Apostólico na Turquia entre 1985 e 1994, também se referiu ao assassinato do Pe. Santoro, que era "um sinal de esperança em seu trabalho missionário em Trebizonda". Do mesmo modo, indicou que "as palavras do Papa foram um consolo ao se referir ao sacrifício de sua vida, o que contribui na causa pelo diálogo entre as religiões e a paz entre os povos". Entretanto, acrescentou, "não devemos cair na armadilha daqueles que protestam e usam a violência, que exploram os sentimentos religiosos e o fanatismo para seus fins políticos que não têm nada a ver com a religião".

Os que organizam o fanatismo procuram o confronto procuram isso: o confronto, precisou o Cardeal e acrescentou que "não devemos ceder a quem quer impor o ódio. Devemos viver nos respeitando mutuamente", concluiu.