9 de abr de 2024 às 13:47
Um estudo feito na Holanda mostrou que quase dois terços dos menores que queriam pertencer ao sexo oposto na adolescência acabaram sentindo-se confortáveis com o seu sexo natural na idade adulta.
O estudo feito ao longo de 15 anos por pesquisadores da Universidade de Groningen, na Holanda, acompanhou as taxas de infelicidade relacionada com o gênero de 2.772 pessoas entre seus 11 e 26 anos.
Nas fases iniciais do estudo, 11% dos participantes expressaram o desejo de ter nascido do sexo oposto. À medida que envelheciam, o número diminuiu constantemente e acabou caindo para cerca de 4% na última avaliação.
Segundo o estudo, 78% dos participantes nunca experimentaram descontentamento com o seu sexo. Cerca de 19% ficaram mais felizes com o tempo, enquanto apenas 2% ficaram menos felizes.
O estudo também revelou que os participantes cujo desconforto com o sexo natural flutuava ao longo do tempo, aumentando ou diminuindo, eram mais propensos a relatar níveis mais baixos de autoestima e a enfrentar mais problemas comportamentais e emocionais.
Os participantes que tinham tendências homossexual eram mais propensos a relatar níveis flutuantes de desconforto em relação ao seu sexo durante a adolescência e a idade adulta jovem.
“A insatisfação com o gênero, embora relativamente comum durante o início da adolescência, geralmente diminui com a idade e parece estar associada a um autoconceito e a uma saúde mental mais deficientes ao longo do desenvolvimento”, disseram os pesquisadores num resumo do relatório.
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Mary Rice Hasson, diretora do Projeto Pessoa e Identidade do Centro de Ética e Políticas Públicas (EPPC) em Washington, D.C., EUA, disse à CNA, agência em inglês parfceita da ACI Digital na EWTN, que o estudo confirmou “o que a maioria dos pais sabe intuitivamente”.
“Uma criança que experimenta descontentamento com o seu corpo em desenvolvimento, ou com a perspectiva de amadurecer e se tornar uma mulher ou um homem, tem uma enorme chance de superar esses sentimentos, sem intervenção”, disse Hasson.
“A puberdade não é uma doença, é um processo natural de crescimento. Às vezes é desconfortável, mas, como mostra o estudo, o desconforto diminui com o tempo”.
Hasson expressou preocupação com o fato de conselheiros estarem pressionando pais a permitirem o uso de remédios ou cirurgias como forma de combater o desconforto com o sexo natural de seus filhos menores, quando tudo o que eles precisam é de tempo para se sentirem mais confortáveis com seus corpos.
“Infelizmente, o que nossos filhos não estão recebendo hoje é tempo, tempo para vivenciar e superar os estágios naturais (às vezes dolorosos) do crescimento puberal, juntamente com a garantia de que, com o tempo, eles eventualmente se sentirão confortáveis em sua própria pele” disse Hasson.
Segundo Hasson, “os médicos e conselheiros de gênero convencem os pais de que os seus filhos estão em crise e precisam de bloqueadores da puberdade ou de outras intervenções hormonais. Não está certo. O que eles realmente precisam é de paz de espírito e tempo para amadurecer”.
Um estudo publicado na Finlândia no início deste ano, descobriu que medicamentos ou cirurgias não gerou redução estatisticamente significativa nas mortes por suicídio de pessoas que se identificam com o gênero oposto. O estudo descobriu que taxas mais elevadas de suicídio parecem estar relacionadas com a elevada taxa de comorbidades mentais entre os jovens que se identificam como sendo do sexo oposto.