LIMA, 20 de jul de 2004 às 17:44
O Arcebispo de Lima, Cardeal Juan Luis Cipriani, presidiu hoje na sede do Arcebispado a abertura no Peru da causa de beatificação de Dom Emilio Lissón Chávez, Arcebispo de Lima que morreu exilado em Valência em 1961.
A causa de Dom Lissón foi apresentada na Arquidiocese de Valência, Espanha, em 20 de setembro de 2003, onde foi criado um Tribunal Eclesiástico e outros vice-tribunais, entre eles o de Lima.
O processo arquidiocesano na capital peruana estará a cargo de Dom. Raimundo Revoredo Ruiz, Bispo Emérito de Juli e pároco de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, que é o Vice postulador da causa.
Dom Emilio Lissón nasceu em Arequipa (Peru) em 1872, entrou para a congregação da Missão Padres Paúles e foi ordenado sacerdote em 1895 em Paris. O Papa São Pio X o nomeou Bispo de Chachapoyas –na amazônia peruana– em 1909 aos 37 anos de idade.
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Em 1918, o Papa Benedito XV o nomeou Arcebispo de Lima, onde abriu quatro seminários menores, fundou um jornal cristão e visitou paróquias às quais não havia recebido um prelado há mais de 400 anos.
Em 1940 teve permissão de viajar à Espanha convidado pelo então Bispo de Navarra, Dom Marcelino Olaechea, que o levou à Valência quando foi nomeado Arcebispo dessa jurisdição.
Dom Lissón viveu em Valência desde 1948 até sua morte em 1961, cumprindo os encargos pastorais que lhe indicava Dom Olaechea e ganhou fama de santidade. Seus restos foram enterrados na Catedral de Valência e em 1991 os bispos peruanos solicitaram sua transferência para a Catedral de Lima onde continuam na atualidade.
Na Catedral valenciana se conservam seu anel, seu peitoral e o cálice com o qual celebrava a Eucaristia.