30 de abr de 2024 às 12:05
O presidente dos EUA, Joe Biden, foi criticado por fazer o sinal da cruz durante um comício criticando medidas contra o aborto.
Entre os seus críticos está o bispo de Orihuela-Alicante, na Espanha, dom José Ignacio Munilla, que chamou o gesto de Biden de “sacrilégio”.
Biden foi a Tampa, na Flórida, em 23 de abril para um discurso de campanha uma semana antes do limite de seis semanas para abortos na Flórida entrar em vigor, o que é previsto para ocorrer amanhã (1°).
Enquanto um apoiador de Biden no palco do comício criticava o governador da Flórida e ex-candidato republicano à presidência, Ron DeSantis, por assinar o projeto de lei limitando o aborto, Biden fez o sinal da cruz.
Em seu programa de rádio diário na Radio María España, Munilla disse que fazer o sinal da cruz em apoio ao aborto constitui um gesto “sacrílego” e “a profanação do sinal da cruz”.
O bispo destacou que “invocar Jesus Cristo em apoio ao aborto” suscitou fortes críticas “em muitos círculos católicos e pró-vida”.
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Munilla disse que fazer o sinal da cruz deve ser usado como um sinal “no qual nos lembramos que Jesus deu a vida por nós, deu a vida por todos os inocentes, deu a vida para restaurar a inocência e nos tornar santos”.
Usar o sinal da cruz como Biden fez, no entanto, é “invocar a cruz de forma sacrílega”.
O bispo espanhol alertou sobre o risco de um católico mostrar publicamente a sua fé ao fazer o sinal da cruz e, ao mesmo tempo, distorcer o seu significado “de uma forma sacrílega” ao referir-se ao incidente.
“Considerem o que Biden representa com a sua deterioração, até mesmo psicológica, para concorrer novamente à presidência com essa profanação absoluta dos seus próprios valores (supostamente católicos), tendo feito da causa do aborto, da propagação do aborto pelo mundo, quase o seu valor principal”, disse Munilla, ao comentar sobre o atual presidente dos EUA.
Munilla rezou para que o Senhor “suscite vocações para a vida pública, para que existam verdadeiramente jovens que, com uma vida íntegra e coerente com os seus valores, tenham como única palavra de ordem, como único motor da sua entrada na vida política, o desejo de servir ao bem comum”.