Por Daniel Payne
3 de mai de 2024 às 15:33
Um padre abençoou uma união homossexual no mês passado em Chicago, EUA, alegando que a declaração da Santa Sé Fiducia supplicans autoriza.
O padre Joseph Williams, pároco da paróquia de St. Vincent de Paul, perto do centro de Chicago, aparece em um vídeo publicado no Instagram em 22 de abril por Kelli Knight, ministra metodista e organizadora comunitária que se identifica como queer.
No vídeo, Williams é visto na igreja com Kelli e Myah Knight. "Myah sempre quis se casar na capela da universidade em que estudou, então eu a surpreendi com uma bênção de nosso casamento", escreveu Kelli na publicação. A paróquia é afiliada à Universidade Católica DePaul em Chicago.
No vídeo, Williams pode ser visto perguntando ao casal: "Kelli e Myah, vocês se comprometem livremente a se amar como cônjuges santos e a viver em paz e harmonia juntas para sempre?", ao que as duas mulheres respondem: "Sim".
"Deus amoroso, aumente e consagre o amor que Kelly e Myah têm uma pela outra. Os anéis que elas trocaram são o sinal de sua fidelidade e compromisso", diz o padre em seguida.
"Que elas continuem a prosperar em sua graça e bênção", acrescentou o sacerdote.
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"Que a bênção de Deus seja sua, do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém", finalizou o padre.
Nem o padre nem a arquidiocese de Chicago responderam aos pedidos de comentários feitos hoje (3) pela CNA, agência em inglês do grupo EWTN, a que pertence ACI Digital. O padre disse ao portal de notícias católico OSV News que seu entendimento sobre Fiducia supplicans é que "duplas homossexuais podem ser abençoadas desde que isso não reflita uma situação de casamento (...) desde que fique claro que não é um casamento."
"Por favor, entenda que isso não é de forma alguma um casamento, um matrimônio, nada disso. Isso é simplesmente uma bênção das pessoas", teria dito o padre Williams a Kelli Knight quando ela perguntou sobre a bênção pela primeira vez.
Fiducia supplicans foi promulgada em dezembro passado. Com o documento, a Santa Sé autorizou padres a abençoar uniões homossexuais como expressão de proximidade pastoral sem tolerar os atos homossexuais.
Bispos de todo o mundo ficaram profundamente divididos sobre a declaração. Alguns bispos responderam de forma calorosa à diretriz, enquanto outros disseram que não vão aplicá-la.
