6 de mai de 2024 às 15:27
O arcebispo de Luanda, em Angola, dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, pediu aos fiéis da arquidiocese que dediquem o último domingo de cada mês à adoração do Santíssimo Sacramento como parte dos preparativos para o jubileu de 2025.
O papa Francisco anunciou em 21 de janeiro o início de um ano de oração em preparação para o jubileu de 2025, o segundo em seu pontificado depois do jubileu extraordinário da Misericórdia em 2015.
“Seguindo o apelo do papa, como arquidiocese, faremos a adoração ao Santíssimo Sacramento no último domingo de cada mês em todas as paróquias e, em meses alternados, uma meditação sobre a importância da oração na vida da Igreja”, disse o arcebispo em mensagem de 18 de abril.
Dom Filomeno disse que a adoração eucarística facilita “um verdadeiro encontro com Cristo”.
“Assim como não há verdadeiro encontro com Cristo que não dê origem à santidade, também não há santidade sem uma profunda vida de oração”, disse o arcebispo ao destacar a ligação entre oração e santidade.
“A oração proporciona o espaço no qual a santidade toma forma. A santidade é o caminho para descobrir a beleza e a verdade de Deus em cada homem e mulher de todos os tempos”, disse dom Filomeno.
“A santidade se realiza na abertura silenciosa da vida à totalidade do amor de Deus”, acrescentou o arcebispo.
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Ao citar a carta do papa Francisco de fevereiro de 2022 ao pró-prefeito do dicastério para a Evangelização, dom Salvatore Rino Fisichella, dom Filomeno destacou aspectos da oração que considera essenciais, já que a adoração eucarística mensal em todas as paróquias está prestes a começar.
Ele encorajou “a oração, acima de tudo, para renovar o desejo de estar na presença do Senhor, de escutá-lo e de adorá-lo. Oração, além disso, para agradecer a Deus pelos numerosos dons do seu amor por nós e para louvar a sua obra na criação, que convoca todos a respeitá-la e a tomar medidas concretas e responsáveis para protegê-la”.
Dom Filomeno incentivou “a oração como expressão de um só coração e alma, que depois se traduz na solidariedade e ao compartilhar o pão de cada dia”, ao referir-se mais uma vez à carta do papa.
Ele também exortou à “oração que torne possível a cada homem e mulher neste mundo voltar-se para o único Deus e revelar-lhe o que está escondido nas profundezas do seu coração”.
O arcebispo descreveu a oração como “o caminho real para a santidade, que nos permite ser contemplativos mesmo em meio à atividade”.
“Em uma palavra, que seja um ano intenso de oração, em que os corações se abram para receber a efusão da graça de Deus e para fazer do ‘Pai Nosso’, a oração que Jesus nos ensinou, o programa de vida de cada um de seus discípulos”, disse.
“Confiemos, portanto, à intercessão de Mama Muxima [devoção mariana de Angola, Nossa Senhora da Conceição da Muxima], a mãe amada, que nos ensinou através da sua vida que a oração, como olhar silencioso da alma para Deus, é o primeiro fruto da fé e o lugar onde os cristãos aprendem a guardar as coisas preciosas de Deus no lugar sagrado do coração, a meditá-las diariamente”, disse o arcebispo.