12 de mai de 2024 às 13:50
Na Solenidade da Ascensão do Senhor, celebrada hoje, 12 de maio, o papa Francisco conduziu a oração mariana do Regina Caeli no Vaticano. Ele exortou os católicos a subirem ao Céu “passo a passo”, ancorados em Jesus, fazendo “as obras de amor” na vida cotidiana.
Diante de milhares de fiéis presentes na Praça de São Pedro, Francisco recordou que “hoje, na Itália e em outros países, se celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor”. O papa Francisco disse que “a volta de Jesus ao Pai apresenta-se a nós não como um distanciamento de nós, mas sobretudo como uma forma de nos preceder rumo à meta”.
“Como quando você sobe ao topo da montanha: você caminha, com dificuldade, e finalmente, numa curva do caminho, o horizonte se abre e se vê o panorama. Então todo o corpo encontra novamente forças para enfrentar a última subida. Todo o corpo – braços, pernas e todos os músculos – fica tenso para chegar ao cume.”
Segundo o papa, “nós, a Igreja, somos exatamente aquele corpo que Jesus, tendo subido ao Céu, arrasta consigo como uma ‘corda’. É Ele quem nos revela e nos comunica, com a sua Palavra e com a graça dos Sacramentos, a beleza da Pátria para a qual nos dirigimos”.
“Da mesma forma nós, seus membros – somos membros de Jesus – subimos com alegria junto com Ele, a cabeça, sabendo que o passo de um é um passo para todos, e que ninguém deve se perder ou ficar para trás porque nós somos um só corpo”, continuou.
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“Ouçamos bem, passo a passo, Jesus nos mostra o caminho. Quais são essas etapas a serem seguidas? O Evangelho de hoje diz: ‘Anunciar o Evangelho, batizar, expulsar os demônios, enfrentar as serpentes, curar os enfermos’”, disse o papa Francisco.
“Em suma, fazer as obras do amor: Dar vida, levar esperança, afastar-se de toda maldade e mesquinhez, responder ao mal com o bem, aproximar-se dos que sofrem. Esse é o 'passo a passo'”.
O papa disse ainda que “quanto mais fizermos isso, mais nos deixamos transformar pelo Espírito, mais seguimos o seu exemplo, e mais, como nas montanhas, sentimos o ar ao nosso redor se tornar leve e limpo, o horizonte amplo e a meta próxima, as palavras e os gestos se tornam bons, a mente e o coração se expandem e respiram”.
Então, disse o papa Francisco, “podemos nos perguntar: está vivo em mim o desejo por Deus, o desejo por seu amor infinito, por sua vida que é vida eterna? Ou estou um pouco castigado e ancorado às coisas passageiras, ou ao dinheiro, ou ao sucesso, ou aos prazeres?”.
“E o meu desejo pelo Céu, me isola, me fecha ou me leva a amar os meus irmãos com um coração grande e desinteressado, sentindo que eles são meus companheiros no caminho ao Paraíso? Que Maria nos ajude, ela que já chegou à meta, a caminhar juntos com alegria para a glória do Céu”, concluiu.