Grupo denuncia lei anti-vida e exorta a enviar cartas às autoridades espanholas

MADRI, 15 de fev de 2006 às 12:57

O Congresso dos Deputados votará nesta quinta-feira o projeto de lei sobre Técnicas de Reprodução assistida, no qual estão contemplados ataques à vida como a clonagem, experimentos, pesquisa, e eugenia com embriões.

Frente a esta situação o grupo pró-vida Hazteoir.org chama os espanhóis a escrever uma carta ao Presidente do Governo, à Ministra da Saúde e aos Grupos Parlamentares encarregados de votar esta lei no dia 16 de fevereiro para que não aprovem o projeto.

A proposta, apresentada pelo Governo socialista, utiliza o termo "pré-embrião" para referir-se ao embrião com menos de 14 dias de vida, apesar de não contar com apoio da comunidade científica, e os argumentos utilizados para descrevê-lo terem sido muitas vezes rebatidos. Com esta linguagem se pretende "desumanizar" o embrião.

Do mesmo modo, o texto, em seu artigo 1° proibe expressamente "a clonagem de seres humanos com fins reprodutivos". Entretanto, permite a mal chamada clonagem terapêutica, na qual se criam seres humanos "de reposição" para curar doenças de terceiros.

Em seu artigo 12, a lei permite o diagnóstico pré-implantatório, mediante o qual podem ser selecionados os embriões saudáveispara serem implantados no útero da mulher, eliminando os doentes, abrindo assim as portas a práticas eugênicas que atentam contra a dignidade do ser humano.

Além disso, mediante esta técnica se permite criar embriões humanos com o fim de utilizá-los para curar um doente, selecionando para isto o embrião compatível e eliminando o restante, embora sejam saudáveis. Permite-se assim a criação de "bebês medicamento".

Em seu artigo 15 permite a pesquisa com embriões que ficariam a mercê dos interesses econômicos de grandes empresas e clínicas particulares. Elimina-se o limite de ovócitos a fecundar, criando assim um "excedente" de matéria-prima cujo destino final será o congelamento ou a morte.