ROMA, 16 de fev de 2006 às 13:17
A difusão do livro O Código Da Vinci e a próxima estréia de um filme sobre a mesma obra representa para o Opus Dei "uma oportunidade para mostrar a autêntica realidade da Igreja", assim como suas obras solidárias e de evangelização na África.Assim deram a conhecer porta-vozes da Prelatura em uma entrevista coletiva oferecida em Roma para apresentar o projeto Harambee 2006, que já pôs em andamento dúzias de projetos educativos no continente africano.
"Recebemos nestes dias diversos pedidos a propósito do filme sobre o Código Da Vinci. Reafirmamos tudo que se declarou em 12 de janeiro passado: não temos a intenção de polemizar, não haverá nenhum boicote nem nada parecido. Prosseguiremos com uma atitude de transparência, serenidade e espírito construtivo", diz uma nota informativa difundida pela Sala de Imprensa do Opus Dei em Roma.
Segundo o texto, "o Código Da Vinci oferece uma imagem deformada da Igreja Católica. A difusão do livro e do filme representa uma oportunidade para mostrar a autêntica realidade da Igreja", que vive a caridade saindo ao encontro dos sofrimentos e necessidades do ser humano.
Por isso, a Prelatura considera que este pode ser o "momento adequado para dar a conhecer o trabalho de serviço que os católicos desenvolvem na África há séculos, e para sustentar o compromisso de várias instituições da Igreja no continente africano que continua sendo uma das grandes emergências do mundo".
Em sua nota, o Opus Dei convida aos que "se sentem ofendidos pela falta de respeito do Código Da Vinci para a fé cristã" a manifestar seu descontentamento de modo sereno e construtivo, "dando a conhecer algumas iniciativas educativas e de cooperação promovidas por católicos na África e participando de seu sustento com uma contribuição".
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Sony-Columbia: Respeitar as crenças religiosas
Mais adiante, a nota expressa sua confiança "na sensibilidade da Sony-Columbia, e em sua capacidade de reagir de modo construtivo" para que conjugue liberdade de expressão com o respeito das crenças religiosas dos demais.
"Não basta oferecer ao ofendido a oportunidade de defender-se enquanto a ofensa permanece. Um comportamento correto é evitar a ofensa quando ainda é possível. Faltam ainda três meses para a estréia. Portanto tenhamos ainda a esperança de que decidam omitir, na edição final do filme, as referências que ofendem aos católicos", diz a nota.
Para o Opus Dei, a "Sony-Columbia está a tempo de demonstrar que a liberdade de expressão é compatível com o respeito das crenças de outros". Do mesmo modo, continua, "pode demonstrar que o respeito é um ato livre que nasce da sensibilidade, e não uma conseqüência da censura nem das ameaças".
A nota conclui afirmando que ao tomar uma "decisão conciliadora", a produtora cinematográfica "faria um serviço à causa do diálogo entre as culturas e honraria sua tradição".