O papa Francisco discursou hoje (25) no primeiro Dia Mundial da Criança, um encontro com crianças de todo o mundo, sobre a importância de construir um futuro baseado na paz, na esperança e no diálogo.

 

“Em vocês, filhos, tudo fala de vida e de futuro. A Igreja, como mãe, acolhe-vos e acompanha-vos com ternura e esperança”, disse o papa a um público estimado de 50 mil pessoas presentes no Estádio Olímpico de Roma.

Recordando o seu encontro com quase 7 mil crianças em novembro passado em um evento patrocinado pelo Dicastério para a Cultura e a Educação dedicado ao tema “Aprendamos com os meninos e as meninas”, o papa disse que o encontro “deixou uma impressão duradoura no meu coração” e foi o catalisador do Dia Mundial da Criança.

“Rezei e percebi que a nossa conversa tinha que continuar e expandir-se para chegar a mais crianças e jovens”, disse o papa. “É por isso que estamos aqui hoje: para manter o diálogo, para fazer perguntas e buscar respostas juntos”.

O Dia Mundial da Criança é uma nova iniciativa do Papa Francisco, patrocinada pelo Dicastério para a Cultura e a Educação do Vaticano, em colaboração com a comunidade católica de Sant’Egidio, a Cooperativa Auxilium e a Federação Italiana de Futebol.

O evento começou no Estádio Olímpico de Roma, transformado na “Aldeia das Crianças”, às 15h30. Jogadores de futebol profissional italiano participaram de uma partida amistosa de futebol com algumas crianças uniformizadas.

 

O papa Francisco chegou ao estádio no “papamóvel” branco aproximadamente às 16h40. Aplaudido por uma multidão que representava mais de 100 nacionalidades.

O papa sentou-se na arena, rodeado de crianças, e iniciou o seu discurso abordando alguns dos problemas que as crianças enfrentam, mas encorajou-as a ter fé.

Falando sobre o tema da guerra e da paz, o papa perguntou às crianças: “Vocês estão tristes com as guerras?” Ao que responderam em uníssono: “Sim!”

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“Vocês estão tristes porque muitos de seus colegas não podem ir à escola. Há meninas e meninos que não podem ir à escola. São realidades que também carrego no coração e rezo por elas”, disse o papa.

“Rezamos pelas crianças que não podem ir à escola, pelas crianças que sofrem com as guerras, pelas crianças que não têm nada para comer, pelas crianças que estão doentes e ninguém cuida delas”, disse ele.

Com tom optimista, o papa perguntou às crianças se conheciam o lema do evento, dizendo-lhes que foi tirado da Bíblia: “Eis que faço novas todas as coisas”.

“Este é o lema. É lindo”, disse o Papa Francisco. “Pense: Deus quer isso, tudo que não é novo passa. Deus é novo. O Senhor sempre nos dá novidades.”

“Vamos seguir em frente e ter alegria”, disse o papa nas suas observações finais. “Alegria é saúde para a alma.”

 

No final do discurso, o Papa pediu aos presentes que se juntassem a ele na oração da Ave Maria. “Rezemos à Mãe, à Mãe do Céu”.

No início da manhã, o papa encontrou-se com um grupo de crianças palestinianas e ucranianas no Vaticano. Algumas das crianças ficaram órfãs, outras perderam membros ou tiveram outros ferimentos visíveis.

Vatican News, serviço de informação da Santa Sé, informou que o encontro foi organizado pelo padre Marcin Schmidt, que apresentou as crianças e falou sobre as lutas que enfrentaram.

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Na manhã de domingo, as crianças se juntarão ao papa Francisco para a missa na praça de São Pedro, às 10h30. Depois, o papa fará a oração do Ângelus ao meio-dia, da janela do Palácio Apostólico, acompanhado pelo comediante italiano Roberto Benigni.