27 de mai de 2024 às 09:50
Um grupo de peregrinos do Quênia deu início a uma peregrinação de mais de 320 quilômetros para chegar a um dos maiores encontros religiosos da África e do mundo no dia 3 de junho em Kampala, Uganda.
O Dia dos Mártires de Uganda deste ano deve atrair entre 500 mil e milhões de católicos e outros cristãos de todo o continente africano.
Peregrinos do decanato de Nzoia da Diocese de Kakamega, no Quênia, viajam para o santuário de Namugongo, em Uganda, onde o evento é realizado, trazendo consigo diversas intenções de oração - entre elas, “rezar para que mais pessoas possam abraçar, com fé e fidelidade, o chamado de Deus nas suas respectivas vidas”.
O santuário de Namugongo, em Uganda, é um dos locais mais populares no extremo nordeste da arquidiocese de Kampala. É o local onde são Carlos Lwanga e seus companheiros mártires foram queimados vivos por ordem do rei Mwanga II do reino de Buganda.
O Dia dos Mártires de Uganda remonta à primeira década da presença cristã na nação da África oriental, quando 45 homens com idades entre 14 e 50 anos foram mortos entre 31 de janeiro de 1885 e 27 de janeiro de 1887 por não renunciarem à sua fé.
22 mártires foram beatificados pelo papa Bento XV em 1920 e canonizados pelo papa são Paulo VI em 1964.
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Abençoados e enviados na última terça-feira (21) pelo padre Columban Odhiambo, pároco da paróquia de São José Operário Kongoni, na diocese de Kakamega, os peregrinos percorrem de 29 a 40 quilômetros todos os dias.
Odhiambo disse à ACI Africa, agência para a África do grupo ACI, que a intenção de rezar pelo crescimento das vocações para o sacerdócio, a vida religiosa e o casamento foi inspirada por uma ordenação sacerdotal de 11 de maio, organizada pelo Decanato Queniano na paróquia de São Marcos Nzoia, na diocese de Kakamega. Nove diáconos foram ordenados sacerdotes – sete para a diocese e dois para a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (OFM Cap).
A longa peregrinação a Namugongo, disse Odhiambo, “é simplesmente uma viagem espiritual. Os peregrinos têm intenções pessoais, e alguns receberam intenções das suas paróquias” para serem incluídas em sua intenção de oração coletiva.
Os peregrinos quenianos, acompanhados por dois sacerdotes, tiveram a oportunidade de participar do sacramento da confissão e da missa antes de embarcarem na sua viagem espiritual para Namugongo. Ao longo do caminho, eles vão encontrar dezenas de outros fiéis vindos da diocese de Kakamega e, juntos, cerca de 150 deles “vão cantar, rezar o rosário, rezar o Terço da Divina Misericórdia e se confessar”, disse Odhiambo à ACI África.
O padre disse que o grupo de peregrinação do decanato, de 19 pessoas, é o maior número até agora a fazer a peregrinação. “No ano passado, tínhamos apenas três”, disse ele.