Uma missa no Santuário Nacional de Aparecida celebrou ontem (28) os 50 anos da visita de são Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei, à cidade.

Os celebrantes foram o bispo auxiliar do Rio de Janeiro dom Antônio Augusto Dias Duarte e o bispo auxiliar de São Paulo (SP), dom Carlos Lema Garcia, ambos membros do Opus Dei.

“Há 50 anos, são Josemaría, nosso padre, foi um dos devotos de fé incendida ao chegar com o coração cheio dessa fé para pedir pelo que também rezamos, pelo papa e pela Igreja”, disse dom Antônio em sua homilia. “Em sua visita, são Josemaría contou-nos o seu segredo: em cada passo, cada necessidade, contar com Nossa Senhora”.

Há uma imagem de são Josemaría Escrivá na Basílica Histórica de Aparecida desde 2008. “No dia 28 de maio de 1974, são Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei, ajoelhado aqui, no chão do presbitério desta Basílica Velha, rezou o terço acompanhado de numerosos fiéis, pedindo a intercessão de Nossa Senhora, para que Deus abençoasse o trabalho do Opus Dei a serviço da Igreja e do povo brasileiro”, diz uma placa na imagem.

Dom Carlos Garcia Lema encerrou a missa com uma oração de consagração a Nossa Senhora Aparecida.

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Monsenhor Vicente Ancona Lopez, vigário regional do Opus Dei no Brasil de 1994 a 2020, conviveu com são Josemaría em Roma por seis anos e estava presente na celebração. São Josemaría transmitia “a alegria de Jesus Cristo e infundia em todos nós da Obra um carinho paterno muito grande”, disse monsenhor Ancona Lopez. “Isso acontecia de tal forma que todos nós nos sentíamos estimulados a perseverar no caminho da santidade e a sermos realmente santos. Ele suscitava em nós a motivação de sermos realmente santos com um espírito de alegria e aventura”.

Para dom Ancona Lopez, “há um despertar religioso notável que todo mundo reconhece. Está irrompendo um catolicismo que estava latente no país que tem se manifestado em vários setores. No próprio movimento conservador, de que se tem falado muito na política, há muitos católicos por trás dele e muitas conversões ao catolicismo”.

Ricardo de Almeida da Silva, diretor do colégio Porto Real, no Rio de Janeiro (RJ), levou uma turma de alunos à missa em Aparecida.

“É um colégio leigo, formado por famílias, que está embebido desse carisma na formação religiosa, nas virtudes, nos valores, na presença da família muito perto da escola”, diz Silva. “O colégio investe em formação de virtudes, formação de valores e isso está muito ligado à espiritualidade de são Josemaría Escrivá”, disse da Silva. “Os alunos vivem isso no seu dia a dia através das aulas de virtudes, de religião, mas também nas boas maneiras, naquilo que a gente ensina a fazer um trabalho com entrega a Deus, que é o que são Josemaría propunha”.

O diretor, casado há 15 anos e pai de quatro filhos, disse que famílias de alunos que estavam afastadas da Igreja, de outras religiões e que não tinham religião, foram inspiradas pela história e valores de são Josemaría e voltaram a frequentar a Igreja ou se converteram à fé católica.

“Me sinto muito emocionada ao falar dos 50 anos de são Josemaría aqui”, disse Beatriz Barbosa. “Hoje mais cedo, nós estivemos na basílica antiga. Hoje estar lá, saber que um santo pisou lá e que dessa vinda ao Brasil muitas almas foram convertidas, que os trabalhos estão sendo bem feitos, que as famílias estão sendo salvas, é de fato gratificante”.

A advogada de 31 anos faz parte de um polo para desenvolver atividades de formação integral de mulheres em Volta Redonda (RJ). Ela conheceu o Opus Dei durante a pandemia de covid-19. “A conversão se dá uma vez, mas a santidade a gente busca diariamente com as nossas ações, entregando o dia [a Deus]”, disse.