O deputado federal Zacharias Calil (União Brasil-GO), cirurgião-pediátrico, demonstrou ontem (28) no plenário da Câmara dos Deputados através de um modelo inflável da barriga de uma grávida como é feito o procedimento de assistolia fetal que visa abortar um bebê com mais de 22 semanas de gestação. O procedimento, uma injeção de cloreto de potássio no coração que mata o bebê antes de ser tirado do ventre da mãe, foi proibido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu liminarmente a proibição até a decisão de uma ação movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol) contra o CFM.

Calil disse que o procedimento médico da assistolia é feito para “provocar um feticídio”. Depois de esclarecer o procedimento, o deputado tirou a parede abdominal da barriga inflável e disse: “Vocês podem ver o feto já encaixado, a placenta e o cordão umbilical”.

Alexandre de Moraes suspendeu os efeitos da resolução 2.378/2024, do Conselho Federal de Medicina no dia 17 de maio. Antonio Augusto/SCO/STF.
Alexandre de Moraes suspendeu os efeitos da resolução 2.378/2024, do Conselho Federal de Medicina no dia 17 de maio. Antonio Augusto/SCO/STF.

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Segundo o deputado, o procedimento é “uma crueldade, um processo extremamente doloroso e de tortura no feto”.

“Isso é proibido no Conselho Federal de veterinária em animais”, disse Calil. “Isso aqui é proibido na pena de morte e nós estamos sacrificando as nossas crianças por um documento do Supremo Tribunal Federal”.

O parlamentar sugeriu a adoção como solução para as mães que pensam em abortar. “Pode levar essa gestação até o final, existe uma fila de adoção que vai daqui até Goiânia para recém-nascidos”, disse.