4 de jun de 2024 às 09:23
O papa Francisco recebeu ontem (3) no Vaticano membros do Movimento dos Focolares que participam de um Congresso inter-religioso do movimento. Os focolares são caracterizados por sua vocação ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso.
O papa definiu o trabalho do movimento, que também trabalha com pessoas não-cristãs que seguem “a espiritualidade da unidade”, como um “caminho revolucionário que faz tanto bem à Igreja”.
Segundo o papa Francisco, essa é uma experiência “animada pelo Espírito Santo” e enraizada, por sua vez, “no coração de Cristo”.
O papa também disse que nos últimos anos comunidades muçulmanas aderiram a esse movimento, seguindo os passos da sua fundadora, a leiga Chiara Lubich, que se reuniu “com líderes de diversas religiões como budistas, muçulmanos, hindus, judeus, sikhs e outros”.
Segundo o papa Francisco, esse é “um diálogo que se desenvolve até hoje”. O papa disse que o “fundamento sobre o qual se apoia esta experiência é o Amor de Deus que se realiza no amor mútuo, na escuta, na confiança, na aceitação e no conhecimento do outro, no pleno respeito às nossas respectivas identidades”.
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O papa disse que “com o tempo, cresceu a amizade e a colaboração em tentar responder juntos ao clamor dos pobres, ao cuidado da criação e no trabalho pela paz”.
Francisco também disse que com quem não é cristão “se vai além do diálogo e é possível sentir-se irmãos e irmãs, compartilhando o sonho de um mundo mais unido, na harmonia das diversidades”.
O papa disse que o seu testemunho “é motivo de alegria, é motivo de consolação, especialmente neste momento de conflito, em que a religião é muitas vezes instrumentalizada para alimentar o confronto”.
“O diálogo inter-religioso, pelo contrário, é uma condição necessária para a paz no mundo e, portanto, um dever dos cristãos, como de outras comunidades religiosas”, concluiu Francisco.