9 de jun de 2024 às 12:00
O papa Francisco falou ontem (8) com os participantes do IV Encontro Internacional de Coros, recordando-lhes as três características fundamentais que devem ter no serviço à Igreja: harmonia, comunhão e alegria.
Este evento, promovido pelo Coro da Diocese de Roma por ocasião dos 40 anos da sua fundação, é organizado pela Nova Opera e é patrocinado pelo Dicastério para a Cultura e a Educação e pelo Pontifício Instituto de Música Sacra. O encontro começou na sexta-feira (7) e termina hoje (9), na Sala Paulo VI, no Vaticano.
No início do seu discurso, o papa agradeceu aos organizadores do evento e elogiou o serviço prestado por monsenhor Marco Frisina, fundador do Coro da Diocese de Roma.
A seguir, o papa centrou o seu discurso nos três aspectos essenciais do serviço coral.
Harmonia em coros musicais
Referindo-se à harmonia, ele disse que a música tem uma “linguagem universal e imediata, que não requer traduções”.
“A música gera harmonia, chegando a todos, consolando os que sofrem, devolvendo entusiasmo aos que estão desanimados”, disse, destacando como esta forma de arte pode levar as pessoas para além de uma visão materialista da vida.
“Dá assim, a quem a cultiva, um olhar sábio e sereno, com o qual mais facilmente se ultrapassam divisões e antagonismos”, disse.
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Comunhão em coros musicais
Em relação à comunhão, o papa Francisco falou do valor de trabalhar juntos num coro, “não sozinhos”. “E isto fala-nos também da Igreja e do mundo em que vivemos”.
“O nosso caminhar juntos pode ser representado como a execução de um grande ‘concerto’, no qual cada um participa com as suas capacidades e oferece o seu contributo, tocando ou cantando a ‘parte’ que lhe cabe e redescobrindo assim a sua singularidade enriquecida pela sinfonia da comunhão”, disse.
Segundo o papa, é assim que a Igreja funciona, “para que de todo o mundo se eleve a Deus um cântico de louvor”.
Alegria em coros musicais
Por último, o papa falou da alegria, alertando para os perigos da ambição e das divisões que podem surgir num coro ou numa comunidade. “Não permitais que a mentalidade do mundo o polua com interesses, ambições, ciúmes, divisões”, aconselhou, encorajando os presentes a manterem um elevado nível espiritual e a viverem com entusiasmo a sua vocação.
“Queridos irmãos e irmãs, agradeço-vos por terdes vindo e sobretudo pelo vosso serviço à oração da Igreja e à evangelização. Acompanho-vos com a minha bênção. E peço-vos por favor que, enquanto cantais, rezeis por mim”, concluiu Francisco.