12 de jun de 2024 às 14:14
O polêmico projeto de lei de eutanásia da França foi suspenso depois que o presidente Emmanuel Macron dissolveu a Assembleia Nacional depois de sofrer grandes perdas nas eleições europeias deste mês.
As eleições deste mês no Parlamento Europeu registraram grandes avanços de partidos de direita, incluindo do partido francês Reunião Nacional, que obteve enormes ganhos em relação ao partido Reinassance (Renascimento) de Macron.
Os grupos centristas ainda comandam uma maioria no parlamento continental. Mas os resultados foram tão devastadores para os políticos tradicionais que Macron invocou a lei francesa para dissolver a Assembleia Nacional de seu próprio país a fim de realizar "eleições rápidas" na esperança de reforçar o controle centrista da própria França.
A medida surpresa significa que toda a legislação atualmente em análise na França foi suspensa, incluindo o polêmico projeto de lei de suicídio assistido do país, que Macron disse no início deste ano que poderia permitir "a possibilidade de pedir ajuda para morrer sob certas condições estritas".
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Membros da conferência episcopal francesa criticaram os esforços do país para legalizar o suicídio assistido. O arcebispo de Reims, dom Éric de Moulins-Beaufort, disse no início do ano que a medida "mudaria todo o nosso sistema de saúde para a morte como solução".
O arcebispo de Lille, dom Laurent Le Boulc'h, também alertou que o suicídio assistido pode acelerar a morte de indivíduos que se veem como fardos para os outros, argumentando que a proposta corre o risco de "aumentar ainda mais o caráter deprimido de nossa sociedade em perda de esperança".
Vários países europeus, incluindo a Bélgica e a Holanda, já permitem várias formas de suicídio assistido e eutanásia.
As eleições parlamentares da França serão realizadas em dois turnos, em 30 de junho e 7 de julho.