A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse hoje (14), em nota que “a Igreja Católica neste momento considera importante a aprovação do PL 1904/2024”, que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas quando houver possibilidade de vida do bebê ao crime de homicídio simples. “Mas continua no aguardo da tramitação de outros projetos de lei que garantam todos os direitos do nascituro e da gestante”, acrescentou.

“Diante do debate no Congresso Nacional e na sociedade brasileira sobre o PL 1904/2024, vem a público reafirmar o seu posicionamento de defesa e proteção da vida em todas as suas etapas, da concepção à morte natural. No contexto do debate sobre o aborto, empenha-se na defesa das duas vidas, a da mãe e a do bebê”, disse a nota.

A CNBB afirmou que “não se insere na politização e ideologização desse debate”, mas “adentra-o por ser profundamente ético e humano”, pois trata-se da “dignidade intrínseca e o direito mais fundamental que é o direito à vida que estão sob ameaça” e por isso, reitera “mais uma vez” em nota, a “sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”.

A conferência também ressaltou “que as 22 semanas não correspondem a um marco arbitrário, visto que, “a partir dessa idade gestacional, realizado o parto, muitos bebês sobrevivem”. “Então, por que matá-los? Por que este desejo de morte? Por que não evitar o trauma do aborto e no desaguar do nascimento, se a mãe assim o desejar, entregar legalmente a criança ao amor e cuidados de uma família adotiva?”, questionou.

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“Permitamos viver a mulher e o bebê. Diante do crime hediondo do estupro, que os agressores sejam identificados e que a legislação seja rigorosa e eficaz na punição. É ilusão pensar que matar o bebê seja uma solução. O aborto também traz para a gestante grande sofrimento físico, mental e espiritual. Algumas vezes até a morte”, disse a CNBB.

“Que Nossa Senhora Aparecida interceda por todas as nossas famílias, proteja a vida de nossas gestantes e de todas as crianças que estão no ventre materno, para que todos tenham vida e vida em abundância”, concluiu a conferência.