“A missa é algo sagrado”, disse o arcebispo de Buenos Aires, dom Jorge Ignacio García Cuerva, em resposta à polêmica sobre os cantos políticos entonados durante a celebração da missa nas igrejas da capital argentina.

“A eucaristia é algo sagrado, por isso a missa é algo sagrado, porque está nas entranhas mais profundas da fé do nosso povo”, disse o arcebispo ao celebrar a missa na paróquia de Santo Ildefonso, em Buenos Aires, no sábado (15).

“Aqui viemos para nos alimentar de unidade, fraternidade, paz. É por isso que não é bom usar a missa para dividir, para fragmentar, para partidarizar”, acrescentou.

Nos últimos dias, foram divulgados vídeos de interrupções na celebração da missa para cantar cantos políticos como “a Pátria não se vende”, com um teor fortemente contrário ao governo do presidente Javier Milei.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

A primeira vez aconteceu no domingo, 9 de junho, quando o padre passionista Carlos Saracini interrompeu a celebração eucarística para entoar o canto político na paróquia de Santa Cruz.

Poucos dias depois, na sexta-feira (14), quase no final da missa celebrada pelo bispo auxiliar de Buenos Aires, dom Gustavo Carrara, os participantes, e ao menos um dos sacerdotes da igreja, começaram a cantar “a Pátria não se vende.” O bispo, que interrompeu os cânticos para continuar com a oração, publicou nesse mesmo dia um pedido de desculpas “para quem possa ter se sentido ofendido”.

O arcebispo de Buenos Aires disse que “não é bom usar a missa para que terminemos separados como irmãos. E não é bom contar com a boa fé de quem participa da eucaristia ou dos sacerdotes que são convidados a presidi-la para que aconteça o que aconteceu nos últimos dias, como aconteceu ontem com dom Gustavo Carrara. Por isso a missa é algo sagrado”.

“A missa é para nos unir, a missa é para nos tornar irmãos, a missa é para nos alimentarmos e sermos testemunhas do Reino nas ruas”, disse o arcebispo argentino.