O secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, participou em nome do papa Francisco de uma conferência de paz sobre a Ucrânia que aconteceu na Suíça.

No sábado (15) e domingo (16), a Santa Sé participou deste evento de “alto nível” depois de aceitar o convite conjunto da presidente da Confederação Suíça, Viola Amherd, e do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Segundo a Sala de Imprensa, a Santa Sé compareceu apenas como observadora e por isso se absteve de assinar o comunicado final.

O cardeal Parolin falou durante a última sessão plenária, ocasião que aproveitou para reforçar a importância “de nunca desistir” e de continuar procurando formas de acabar com o conflito, “com boa intenção, confiança e criatividade”.

Ele recordou os numerosos apelos à paz do papa Francisco e reiterou que “o único meio capaz de alcançar uma paz verdadeira, estável e justa é o diálogo entre todas as partes envolvidas”.

O cardeal manifestou a esperança de “que o esforço diplomático atualmente promovido pela Ucrânia e apoiado por tantos países melhore, para alcançar os resultados que as vítimas merecem e que o mundo inteiro espera”.

Em nome da Santa Sé, expressou a sua “grande preocupação pelas trágicas consequências humanitárias” e garantiu o seu compromisso de “facilitar o repatriamento de crianças e favorecer a libertação de prisioneiros, especialmente soldados e civis gravemente feridos”.

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“A reunificação dos menores com as suas famílias ou tutores legais deve ser uma preocupação absoluta de todas as partes, sendo inaceitável qualquer exploração da sua situação”, disse.

O cardeal Parolin falou da importância de reforçar todos os canais disponíveis para facilitar este processo e recordou que a Santa Sé participa como observadora “no trabalho da Coligação Internacional para o repatriamento das crianças ucranianas da Rússia”.

Ele disse que “há uma grande preocupação com os relatórios periódicos sobre o descumprimento das Convenções de Genebra” relativos a prisioneiros civis e militares.

“Apesar de todos os desafios, a Santa Sé continua empenhada em manter uma comunicação regular com as autoridades ucranianas e russas e continua pronta a ajudar na implementação de possíveis iniciativas de mediação que sejam aceitáveis ​​para todas as partes e beneficiem as pessoas afetadas”, comentou o cardeal.

Segundo Parolin, a Santa Sé “incentiva os países e outros membros da comunidade internacional a explorar caminhos para prestar assistência e facilitar a mediação, seja de natureza humanitária ou política”.

“Confiamos que, ao apoiar estes esforços, poderemos contribuir para chegar a um consenso e garantir a conclusão oportuna destes projetos”, disse.

Finalmente, em nome do papa Francisco, confirmou “a sua proximidade pessoal ao martirizado povo ucraniano e o seu compromisso inabalável com a paz”.