19 de jun de 2024 às 09:01
Três mulheres participaram na reunião do Conselho de Cardeais (C9) com o papa Francisco de segunda-feira (17) até ontem (18) em que se discutiram temas como o poder, a democratização e o papel das mulheres na Igreja Católica.
“No dia 17, a reflexão sobre o papel feminino na Igreja foi aprofundada a partir das palavras de três mulheres”, diz comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.
A manhã começou com uma introdução de irmã Linda Pocher, professora da Pontifícia Faculdade de Ciências da Educação Auxilium, em Roma, que participou dos encontros do Conselho de Cardeais de 2023 e de 2024, seguida de intervenções de Valentina Rotondi, professora da Universidade SUPSI de Lugano, Suíça, e pesquisadora do Departamento de Sociologia do Nuffield College da Universidade de Oxford e do centro NeuroMI da Universidade Bicocca de Milão.
Completando o grupo estava Donata Horak, professora de Direito Canônico no Studio Teológico Alberoni de Piacenza, afiliado à Pontifícia Universidade Angelicum de Roma.
O comunicado da Santa Sé diz que Rotondi na sua fala “destacou uma visão da economia como cuidado e boa gestão no contexto de uma profunda relação intergeracional”, enquanto Donata Horak apontou “várias antinomias, como justiça e misericórdia, poder consultivo e poder deliberativo, princípio hierárquico e eclesiologia de comunhão, democratização e modelo monárquico, no contexto de uma reflexão mais ampla sobre o Direito Canônico”.
Estas duas falas foram seguidas, ao longo do dia, pelas “reflexões dos cardeais sobre os temas propostos”.
Ontem (18), a reflexão continuou com os discursos do arcebispo de Boston, EUA, cardeal Seán O'Malley, presidente da Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores, que falou sobre o trabalho desta organização; e a fala do arcebispo de Bombaim, Índia, cardeal Oswald Gracias, sobre as atividades e os modos de trabalho das conferências episcopais.
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Os cardeais também discutiram outros temas, como os diversos conflitos que o mundo sofre e concordaram que a próxima reunião do C9 será em dezembro de 2024.
O que é o Conselho dos Cardeais ou C9?
O Conselho de Cardeais, também conhecido como C9, é o grupo de cardeais que colabora diretamente com o papa Francisco no governo da Igreja. Tem a sua origem nas Congregações Gerais que antecederam o conclave em que o papa Francisco foi eleito.
O conselho está em funcionamento desde setembro de 2013, ano em que Francisco foi eleito.
O objetivo do órgão é ajudar o papa “no governo da Igreja universal” e “estudar um projeto de revisão da Constituição Apostólica Pastor bonus na Cúria Romana”, como disse o papa Francisco.
Além dos cardeais O'Malley e Gracias, faz parte deste conselho o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin; o presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, cardeal Fernando Vérgez Alzaga; o arcebispo de Kinshasa (República Democrática do Congo), cardeal Fridolin Ambongo Besungu.
Pertencem também a este grupo o arcebispo de Barcelona (Espanha), cardeal Juan José Omella; arcebispo de Quebec (Canadá), cardeal Gérald Lacroix; arcebispo de Luxemburgo, cardeal Jean-Claude Hollerich; o arcebispo de São Salvador da Bahia (Brasil), cardeal Sérgio da Rocha; o secretário da Comissão é o bispo titular de Cresima (Tunísia). O secretário do C9 é o bispo titular de Cresima (Tunísia), dom Marco Mellino,
