19 de jun de 2024 às 10:52
“Para cada uma das situações que vivemos na vida, encontramos um salmo que nos dá uma resposta”, disse o papa Francisco na Audiência Geral de hoje (19) que aconselhou os fiéis a ler salmos todos os dias.
Aos peregrinos reunidos na praça de São Pedro, no Vaticano, Francisco disse que, em preparação ao Jubileu da Esperança 2025, este ano é dedicado à oração.
Segundo o papa, há vários tipos de oração, como “louvor, ação de graças, súplica, lamentação, narração, reflexão sapiencial e outras”.
Estes, segundo o papa Francisco, “são os cantos que o próprio Espírito colocou nos lábios da sua Esposa, da sua Igreja”. Todos os livros da Bíblia, disse ele, “são inspirados pelo Espírito Santo”.
Em seguida, incentivou a leitura diária dos Salmos e lembrou que tem em sua mesa um livro com o Novo Testamento e os Salmos que pertenceu a um soldado ucraniano que morreu na guerra.
Ele também disse que os salmos foram “a oração de Jesus, de Maria, dos apóstolos e de todas as gerações cristãs que nos antecederam”.
O que fazer quando sentimos tristeza por ter pecado?
Para o papa, esses livros não são coisa do passado, mas continuam atuais. “Eu me pergunto: vocês rezam com os salmos algumas vezes? Peguem a Bíblia ou o Novo Testamento e rezem um salmo”, convidou o papa Francisco.
Francisco aconselhou rezar o Salmo 50 (Misericórdia, meu Deus), quando se sente tristeza por ter pecado. “Existem muitos salmos que nos ajudam a ir em frente. Criem o hábito de rezar com os salmos. Eu lhes garanto que, no final, ficarão felizes”.
O papa Francisco disse que “se existem versículos que chegam ao seu coração, guarde-o e repita-o ao longo do dia”.
“É necessário”, continuou ele, “que façamos dos salmos a nossa oração”, tornando-os nossos “e rezando com eles”.
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Para o papa Francisco, são “orações para todos os momentos: não há estado de espírito ou necessidade que não encontre neles as melhores palavras para transformá-los em oração”.
“Ao contrário de todas as outras orações, os salmos não perdem a sua eficácia pela repetição; ao contrário, eles a aumentam. Por quê? Porque são inspirados por Deus e ‘expiram’ Deus cada vez que são lidos com fé”, disse.
Ele também aconselhou a leitura do Salmo 51, 3 se “nos sentirmos oprimidos pelo remorso e pela culpa” ou o Salmo 63, 2 se desejarmos “expressar um forte vínculo pessoal com Deus”.
“Se o medo e a angústia nos assaltam, estas palavras maravilhosas vêm em nosso socorro: 'O Senhor é meu pastor [...]. Mesmo que eu passe por um vale escuro, / não temo mal algum' (Sl 23,1.4).
Para o papa, estes livros “permitem-nos não empobrecer a nossa oração, reduzindo-a apenas a pedidos, a um contínuo ‘dá-me, dá-nos’”.
“Os salmos ajudam-nos a abrir-nos a uma oração menos egocêntrica: uma oração de louvor, de bênção, de ação de graças; e também nos ajudam a ser a voz de toda a criação, tornando-a participante do nosso louvor”, disse.
Por fim, pediu ao Espírito Santo, “que deu à Igreja Noiva as palavras para rezar ao seu divino Esposo, nos ajude a fazê-las ressoar na Igreja de hoje e a fazer deste ano preparatório para o Jubileu uma sinfonia de oração”.
“A guerra é sempre uma derrota desde o início”
Durante a saudação aos peregrinos, o papa Francisco pediu para rezar especialmente pelos jovens. Lembrou que amanhã celebramos são Luís Gonzaga e pediu que ele ajude a “redescobrir a vocação à santidade”.
Francisco pediu que as pessoas continuem rezando todos os dias pelo fim das guerras, especialmente na Ucrânia, na Terra Santa, Sudão e Mianmar. “A guerra é sempre uma derrota, desde o início”.