19 de jun de 2024 às 13:48
A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) lançou a campanha “Rio Grande do Sul – um pedido de socorro que não pode ser ignorado”, a fim de ajudar paróquias que foram atingidas pelas enchentes no estado entre final de abril e final de maio. O objetivo é “auxiliar a reconstituição da rotina pastoral, nos itens e utensílios fundamentais para o trabalho diário, como mobiliário, computadores e demais materiais da rotina das igrejas e secretarias paroquiais”, disse a instituição.
Segundo a ACN, “assim que chegaram as informações da tragédia”, a fundação pontifícia “aprovou um pedido de ajuda emergencial para mais de 30 paróquias que sofreram com as inundações”.
“Eu mesmo, sem que tivesse feito pedido, fui procurado, me ofereceram ajuda para poder reconstruir aquilo que é essencial nas paróquias mais atingidas. Tivemos na cidade de São Leopoldo, que é o município mais atingido, tivemos paróquias muito intensamente também atingidas por essa enchente. O auxilio que veio para nós refazermos ali, sobretudo as secretarias paroquiais, as mesas, as cadeiras, computadores”, disse o bispo de Novo Hamburgo (RS), dom João Francisco Salm, em um vídeo à ACN, ao agradecer aos colaboradores da fundação pontifícia.
Na arquidiocese de Porto Alegre (RS), a enchente afetou 31 igrejas. “Pela altura que chegou a água, nós perdemos todo o material de missa, alfaias, livros litúrgicos, tudo”, disse à ACI Digital em maio o padre Fabiano Glaser, pároco de Nossa Senhora Medianeira, em Eldorado do Sul (RS).
Nos últimos dias, depois que as águas baixaram, muitas pessoas têm se dedicado à limpeza e reorganização das paróquias.
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“Graças a Deus, eu contei com muita ajuda para fazer as primeiras limpezas, tanto na igreja quanto na casa paroquial”, disse ao site da arquidiocese de Porto Alegre o padre Glaser. Segundo ele, foi possível reabrir a igreja e rezar a primeira missa na solenidade da Santíssima Trindade, em 26 de maio.
Segundo último balanço da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, divulgado ontem (18), 177 pessoas morreram em decorrência das enchentes no Estado e ainda há 37 desaparecidos e 10,4 mil pessoas em abrigos. No total, 2,4 milhões de pessoas foram atingidas, das quais 388,8 mil ficaram desalojadas.
O Estado enfrenta agora também problemas de saúde em decorrência das enchentes. Foram registradas 19 mortes por leptospirose por causa das chuvas e inundações. Quatro mortes ainda estão sob investigação, oito foram descartadas. O Estado tem no total 5.343 notificações e 302 casos confirmados da doença.
A leptospirose é uma doença transmitida principalmente pela urina de ratos, que pode se espalhar nas águas das enchentes.
As cidades gaúchas também seguem em alerta por causa do mau tempo e chuvas. Hoje, o nível do Guaíba voltou a aumentar e, às 7h15, estava em 3,12 metros. A cota de alerta é de 3,15 metros e a de inundação é de 3,60 metros.