A diocese de Criciúma (SC) vai abrir o processo de beatificação de frei Egídio Maria Moscini, da Ordem dos Servos de Maria, no domingo (7), às 15h, no Centro de Eventos da cidade de Turvo (SC).

“A abertura do processo acontece quatro meses após o pedido para o início da fase diocesana que se concentra na investigação da vida, virtudes e sinais de santidade do candidato que passará a ser reconhecido como Servo de Deus”, diz a diocese catarinense.

Frei Egídio Maria Moscini nasceu em Valentano, Itália, em fevereiro de 1884. Ingressou na Ordem dos Servos de Maria em 1905, aos 21 anos. Chegou ao Brasil em 1921, depois de uma viagem de três meses até Rio Branco (AC). Em seguida, foi enviado para servir na comunidade religiosa dos Servos de Maria no Rio de Janeiro (RJ). Em 1947, foi transferido para Araranguá (SC) e, em 1952, foi para o seminário de Turvo (SC), onde viveu até sua morte em 25 de agosto de 1976, aos 92 anos.

Em novembro de 2023, frei Egídio Maria Moscini foi declarado patrono do agricultor familiar brasileiro. No projeto que levou a essa lei, o autor senador Esperidião Amin descreve o religioso como alguém que tinha “leve sorriso em um rosto enrugado, vitimado pelo sol durante seus afazeres na área rural do seminário”. “Neste sentido, se assemelhava muito aos colonos italianos da vizinhança, que viam nele um modelo de agricultor, operoso e temente a Deus”, diz.

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Segundo justificativa do projeto, o frei Egídio trabalhava na roça durante as manhãs, “ladeado por outros irmãos seminaristas e colonos da região” e seminaristas que conviveram com ele contaram que “a rotina de trabalho representava oportunidade de grande aprendizagem, em clima de silêncio, amor e espiritualidade”.

“A trajetória do frei marcou a vida de todos que cruzaram seu caminho, principalmente pela sua sabedoria e humildade. Deixou em todos que o conheceram a marca beneditina do ‘ORA ET LABORA’ (oração e trabalho)”, acrescenta.

O italiano frei Franco Maria Azzalli será nomeado oficialmente postulador da causa de beatificação de frei Egídio na sessão pública de abertura da causa no domingo. Para ele, o mais impressionante “é que 48 anos após sua morte as pessoas ainda se recordam de frei Egídio como sendo um homem trabalhador, religioso e humilde”. “É extraordinário perceber que na presença de Cristo esse nosso irmão se deixou transparecer na graça, escolhendo não viver apenas para si próprio, mas como um fiel intercessor”, disse ao site da diocese de Criciúma.

Depois da sessão pública de abertura da causa, o bispo de Criciúma, dom Jacinto Inácio Flach, celebrará a missa.