“A autoridade é um serviço, e uma autoridade que não é serviço, é ditadura”, disse o papa Francisco na oração do Ângelus do sábado (29) na praça de São Pedro, no Vaticano.

Durante a sua mensagem, no dia em que a Igreja celebra a solenidade de São Pedro e São Paulo, o papa Francisco citou as palavras de Jesus a Simão Pedro: “Eu te darei as chaves do Reino dos céus” (Mt 16,19). Ele disse que estas chaves simbolizam “o ministério de autoridade que Jesus lhe confiou para servir a toda a Igreja”.

Elas não são “as chaves de um cofre”, mas de um Reino que é como “uma pequena semente, uma pérola preciosa, um tesouro escondido, um punhado de fermento”. Este Reino, acrescentou, se alcança “cultivando virtudes como a paciência, a atenção, a constância, a humildade, o serviço”.

A missão de Pedro, segundo o papa, não era “fechar as portas da casa, permitindo o acesso apenas a alguns convidados selecionados, mas ajudar todos a encontrar o caminho para entrar, na fidelidade ao Evangelho de Jesus”.

“Todos, todos, todos podem entrar”, disse ele.

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Francisco disse que Pedro viveu esta missão “fielmente, até ao martírio”, e que recebeu a missão de ser o primeiro papa “não porque fosse perfeito, não: é um pecador, mas porque era humilde, honesto e o Pai lhe havia dado uma fé sincera”.

Ao concluir, o papa pediu que os fiéis se perguntem: “eu cultivo o desejo de entrar, com a graça de Deus, em seu Reino e de ser, com a sua ajuda, um guardião acolhedor também para os outros?”

Depois do Ângelus, o papa manifestou o desejo de que a sua saudação e a sua oração cheguem a todos os habitantes de Roma, “especialmente às famílias que mais sofrem; os idosos, os mais solitários; os doentes, os presos e aqueles que por vários motivos estão em dificuldades”.

Ele também expressou a sua dor por aqueles que sofrem por causa da guerra e agradeceu a Deus pela libertação de dois padres greco-católicos.