José Andrés Calderón, organizador do Rosário de Ferraz em Madri, Espanha, disse que o grupo vai continuar a rezar o rosário publicamente apesar da proibição imposta pela Delegação do Governo da Espanha. "Devemos obedecer a Deus antes que aos homens", disse Calderón.

O Rosário de Ferraz é uma convocação para rezar a oração mariana pela conversão da Espanha e do mundo inteiro. A iniciativa ocorre todos os dias desde 12 de novembro de 2023 na escadaria do Santuário do Imaculado Coração de Maria.

"A oração é algo inerente a todo cristão”, disse Calderón a EWTN Notícias, do grupo a que pertence ACI Digital. “Deus nos disse que tínhamos que orar, orar e orar; e também nos disse que, por defender sua mensagem, seríamos perseguidos".

"Diante de uma lei ou de uma ordem manifestamente injusta", como disse o papa Leão XIII, "um católico tem que desobedecer porque Deus vem em primeiro lugar e nenhuma autoridade humana pode nos proibir"  [de rezar], disse. "Diante de uma proibição tirânica, um católico deve ter muito claro que apenas serve a um Senhor e depois agir sem medo de nada ou de ninguém".

Calderón disse que, nos 235 dias que o Rosário de Ferraz vem endo rezado ininterruptamente, o governo tentou proibi-lo em três ocasiões, ao alegar diferentes motivos: de 27 a 30 de novembro do ano passado, no primeiro fim de semana de junho, e em 1º e 2 de julho deste ano. O caso está na Justiça. A última decisão do Tribunal Superior de Justiça de Madri ordenou a última interdição e duas novas multas, que aumentam o valor total das multas para 5, 4 mil euros (cerca de R$ 32,7 mil).

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"Vivemos num sistema com permanente insegurança jurídica", disse Calderón. "Há pessoas que não gostam que rezemos e usam todos os mecanismos à sua disposição. Nesse sentido, as multas buscam um objetivo muito claro, que é causar dano."

Milhares unidos em torno de Nossa Senhora

"Sempre dizemos que quem nos capitaneia, quem nos guia e quem torna tudo isso possível é a Virgem Maria, porque se não, não se explica que são 235 dias seguidos rezando nas escadas", disse o organizador do Rosário de Ferraz.

"Não rezamos para derrubar governos, não rezamos contra ninguém, rezamos em defesa da fé, porque todos nós que estamos lá somos muito claros sobre uma coisa: a sociedade, o mundo virou as costas para Deus, as sociedades estão sendo construídas sem a presença de Deus e da Virgem Maria", disse Calderón ao destacar que milhares de pessoas de diferentes partes do mundo reúnem-se virtualmente para rezar o Rosário de Ferraz.

"Todos os católicos devem estar unidos e temos que defender nossa fé. Se não o fizermos agora, quando o faremos? Temos que estar unidos, porque eles não estão atacando só o Rosário de Ferraz, mas a cruz", disse Calderón. "Incomoda-os que rezemos em defesa da nossa fé".