A Romaria do Divino Pai Eterno recebeu mais de 3,9 milhões de fiéis entre os dias 28 de junho e 7 de julho, segundo a prefeitura de Trindade (GO). “A romaria foi um sucesso. Alcançamos o nosso objetivo de celebrar a fé com o povo”, disse o reitor do santuário basílica do Divino Pai Eterno, padre Marco Aurélio Martins da Silva, ontem (8), quando os membros da Sala de Gestão Integrada se reuniram no auditório do Centro Administrativo Municipal para avaliar a Romaria 2024.

“Preparamos os ambientes com toda a responsabilidade e à altura das expectativas dos romeiros. Tudo foi realizado por muitas mãos, incluindo o município de Trindade, o Estado de Goiás e a Igreja”, disse o reitor.

A Romaria do Divino Pai Eterno é a “maior festa religiosa do Centro-Oeste do Brasil”, segundo o santuário do Divino Pai Eterno. Nos dez dias de romaria, a programação contou com 145 missas, 50 novenas, 11 procissões e várias atividades religiosas.

Neste ano, a Romaria do Divino Pai Eterno teve como tema “Pai Eterno, a Vós, nossa oração”, em comunhão com o Ano da Oração convocado pelo papa Francisco para 2024, em preparação para o Jubileu da Esperança de 2025.

No domingo (7), a missa solene da romaria foi celebrada pelo arcebispo de Sorocaba (SP), dom Julio Endi Akamine. Em sua homilia, ao falar sobre a oração do Pai-nosso, dom Akamine ressaltou que “dizer ‘amém é imitar a fidelidade de Cristo” e que, “para dizer ‘amém’, é preciso estar em Cristo”.

“Nós não somos capazes de agradar ao Pai por nós mesmos. Essa nossa impotência em agradar ao Pai por nós mesmos, quando dizemos ‘amém’ com Jesus, esta oração se torna nosso consolo e nossa alegria”, disse.

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“As nossas mais belas palavras, os nossos pensamentos mais bonitos podem nos iludir. Pensamos que são eles que convencem Deus, que nossas palavras possam ensinar algo ao Pai, que nossa insistência force o Pai a fazer a nossa vontade, ou que nossos argumentos convençam o Pai da razão das nossas reivindicações. Isso não é cristianismo, é paganismo. Pensar que o Pai precise ser ensinado de algo, convencido por nós, que o Pai precise ser pressionado a fazer algo, que Ele precise ser alertado de alguma necessidade nossa é paganismo. São os pagãos que acreditam que suas palavras são as mais importantes”, acrescentou.

Dom Akamine destacou que “a oração de Jesus nos ensina que o mais importante não são nossas palavras, os nossos pensamentos”, e sim que “o mais importante é ação de Deus”.

O arcebispo de Goiânia (GO), dom João Justino de Medeiros Silva, primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e os bispos auxiliares de Goiânia, dom Levi Bonatto e Danival Milagres Coelho, participaram da missa solene. Também estiveram presentes várias autoridades, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o prefeito de Trindade, Marden Júnior.

Ao final da celebração, foi lida a lei que institui o Dia Estadual do Romeiro do Divino Pai Eterno, a ser comemorado anualmente no dia 1º de julho. A lei, proposta pelo deputado estadual George Morais (PDT), entrou em vigor dia 4 de junho deste ano. O deputado entregou ao arcebispo de Goiânia um quadro com a lei.

O encerramento da festa no domingo aconteceu com uma procissão luminosa que reuniu milhares de pessoas, saindo da igreja matriz em direção à praça do santuário basílica, onde o arcebispo de Goiânia, dom João Justino celebrou a missa.

“Obrigado romeiro e romeira, sua presença aqui é muito importante, é um sinal bonito para todo o Brasil, da fé, da presença do Senhor em nosso meio, do Evangelho de Jesus Cristo que gera vida no coração das pessoas, das famílias, das comunidades”, disse dom Justino em sua homilia.