Uma relíquia de primeiro grau do beato Carlo Acutis visitou ontem (10) o Centro Boldrini que cuida de crianças, adolescentes e adultos com câncer e doenças hematológicas em Campinas (SP).

A relíquia é um fragmento do corpo de Carlo Acutis, jovem que morreu aos 15 anos de leucemia, e foi beatificado em 2020 em Assis. A sua canonização já foi aprovada pelo papa Francisco, mas a data não foi revelada. Segundo Vatican News, serviço de informação da Santa Sé, ocorrerá provavelmente durante o Jubileu de 2025.

O padre Francisco Fábio da Costa Vieira, da diocese de Corumbá (MS), propagador da devoção a Carlo Acutis no Brasil, foi quem levou a relíquia. Ele celebrou a missa no hospital e visitou alguns leitos de crianças e adolescentes com câncer.

“Poder rezar com as famílias, ver a fé e esperança das pessoas é como se estivessem unidos ao Carlo nesse momento”, disse o padre Vieira à ACI Digital. Sair ao encontro dos mais necessitados, principalmente os doentes, “nos aproxima muito da realidade do Cristo que acolhe os enfermos, as pessoas que mais necessitam. Esse é o carisma do Carlo”.

Para Wanessa Machado, mãe da paciente Teresa de seis anos que está na terceira internação para receber quimioterapia, a “surpresa foi enorme quando padre Fábio Vieira entrou no quarto trazendo as relíquias. Foi um momento muito lindo”.

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“Não era para estarmos no hospital nesse dia. A internação foi remarcada duas vezes. Mas com certeza esse encontro entre Teresa e Carlo Acutis já estava marcado por Deus”, disse.

Teresa recebendo a visita da relíquia do beato Calo Acutis. Crédito: Arquivo pessoal padre Fábio Vieira.
Teresa recebendo a visita da relíquia do beato Calo Acutis. Crédito: Arquivo pessoal padre Fábio Vieira.

Ela contou à ACI Digital que há cerca de seis anos é devota de Carlo Acutis. Tem um livro sobre ele e já rezava pedindo a intercessão dele para a filha. “Mas não imaginava que aconteceria de encontrar com as relíquias, já tive várias experiências de pedir algo a ele e receber a graça pedida”, disse.

“Descobrimos o câncer há três meses, já num estágio muito avançado, espalhado por todo o corpo”, disse a mãe. “Minha filha não andava mais quando recebemos o diagnóstico de rabdomiossarcoma”, o tipo mais comum de câncer em crianças segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

“Depois de algumas sessões de quimioterapia e de muitas orações, um dos tumores desapareceu por completo e os outros dois maiores não são mais perceptíveis, clinicamente”, disse a mãe. “Esperamos os exames de imagem para confirmar esse resultado. Tenho fé que as orações de tantas pessoas e a intercessão de Carlo vai curar minha filha”.