O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump colocou a mão na orelha direita depois de ouvir ruídos altos em um comício no oeste da Pensilvânia na tarde de ontem (13), e depois foi visto com sangue no rosto. Os líderes católicos dos EUA pediram que o país se unisse em oração depois da notícia.

"O ex-presidente está seguro", informou o Serviço Secreto dos Estados Unidos em um comunicado. O incidente ocorreu por volta das 18h20 (horário local) na cidade de Butler, Pensilvânia, pouco depois do início do comício do candidato republicano.

Agentes do Serviço Secreto protegeram Trump enquanto ele aparentava estar deitado no chão do palco. Trump se levantou e ergueu o punho antes de ser retirado pelos agentes da lei. Foi possível ver sangue no lado direito de seu rosto e um suposto ferimento em sua orelha.

O chefe de comunicações do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, confirmou na noite de ontem que "um suposto atirador disparou vários tiros em direção ao palco partindo de uma posição elevada fora do local do comício". "A equipe do Serviço Secreto neutralizou o atirador, que foi morto", acrescentou.

"O Serviço Secreto dos Estados Unidos respondeu rapidamente com medidas de proteção e o ex-presidente está em segurança e sendo avaliado. Lamentavelmente, um espectador perdeu a vida e dois ficaram gravemente feridos. O incidente está sendo investigado e o Serviço Secreto informou formalmente o Federal Bureau of Investigation (FBI)", conclui o comunicado publicado na rede social X.

Depois do atentado, Trump declarou nas redes sociais oficiais de sua equipe de campanha: "Eu soube imediatamente que algo estava errado quando ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala perfurando minha pele. Havia muito sangue, então percebi o que estava acontecendo. Que Deus abençoe a América!"

Igreja Católica dos EUA une-se em oração

Os bispos católicos dos EUA e líderes católicos conhecidos se manifestaram depois do incidente.

O arcebispo militar, dom Timothy Broglio, presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB), junto com outros líderes do país, condenaram a "violência política" e ofereceram "orações pelo presidente Trump e por aqueles que perderam suas vidas ou ficaram feridos".

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"Pedimos a todas as pessoas de boa vontade que se juntem a nós na oração pela paz em nosso país. Maria, Mãe de Deus e Padroeira das Américas, rogai por nós", acrescentou.

Michael Warsaw, presidente e CEO da EWTN, o maior canal católico do mundo, disse: "Este é um dia muito triste para o nosso país. Precisamos orar pelo ex-presidente e por todos aqueles que foram atingidos por este incidente. Também precisamos redobrar nossas orações pelo nosso país".

O bispo de Pittsburgh, dom David Zubik, onde ocorreu o ataque, publicou uma declaração dizendo que estava "profundamente chocado" com os fatos que ocorreram "bem em frente a uma de nossas igrejas no condado de Butler".

"Agradecemos as ações rápidas do Serviço Secreto e de nossos socorristas locais. Unamo-nos em oração pela saúde e segurança de todos, pela cura e paz, e pelo fim desse clima de violência em nosso mundo. Que Deus nos guie e proteja a todos", acrescentou.

Os bispos católicos de Nova York também condenaram "a violência de todos os tipos" nas redes sociais, acrescentando que estão se unindo a "todas as pessoas de boa vontade para rezar pelo ex-presidente Trump e por qualquer outra pessoa que tenha sido ferida".

O bispo de Winona-Rochester, Minnesota, dom Robert Barron, também ofereceu suas orações pelo ex-presidente e pelos feridos: "Devemos abandonar o caminho da violência. Que o Senhor abençoe nossa conturbada nação".

O bispo de Jefferson City, Missouri, dom William Shawn McKnight pediu a Deus para que os Estados Unidos "possam se unir em paz durante este tempo de divisão".

Enquanto isso, o arcebispo de São Francisco, dom Salvatore Cordileone por meio de sua conta no X, exigiu "o fim dessa violência política" e rogou a Deus pela proteção de Trump e do presidente Joe Biden. "A democracia morre sob o fogo de armas", acrescentou.

Em uma entrevista ao vivo à ABC News, uma mulher que estava presente no comício disse: ""Nos agachamos, nos juntamos e começamos a rezar". Outra mulher comentou: "Como posso dizer? Temos que ter Deus em nosso coração para podermos ter liberdade e tudo mais. Esta é simplesmente uma situação triste.

 

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