Um padre católico, que deu uma bênção durante um comício do ex-presidente Donald Trump ontem (13) disse às pessoas para rezarem por Trump, momentos antes dele ser baleado e ferido.

O padre Jason Charron, um sacerdote católico ucraniano disse à CNA da EWTN News, grupo de comunicação católico ao qual pertence a ACI Digital, que umas 15 a 20 pessoas, em uma barricada no comício, o chamaram enquanto tentava sair pouco antes que Trump começasse a falar.

"Disse a eles: rezei por ele e por sua segurança, e que eles tinham que rezar também porque há pessoas que querem matá-lo", disse o padre em uma entrevista por telefone à CNA ontem à noite.

"E creio que logo depois, literalmente alguns minutos depois, houve um som estranho e as pessoas começaram a sair, e nesse momento ouvi alguém dizer que era um tiroteio", acrescentou.

As autoridades disseram que o agressor que tentou matar Trump disparou vários tiros, ferindo o ex-presidente em sua orelha direita, matando um participante do comício e ferindo outros dois.

Charron disse que se encontrou com Trump brevemente antes de o ex-presidente se dirigir à multidão no comício, que foi realizado ao ar livre no Butler Farm Show, no Condado de Butler, na Pensilvânia.

"Falei com ele sobre a situação na Ucrânia e apertei sua mão. Não foi uma conversa muito profunda", disse o padre.

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O padre Charron também disse à CNA que a campanha de Trump entrou em contato com ele há alguns dias e pediu que ele desse uma bênção no comício. Em uma entrevista que foi ao ar ontem à noite no podcast Pints with Aquinas, o padre contou como foi essa oração.

"Minha oração foi por proteção. Minha oração foi pelo restabelecimento das boas relações em nossa sociedade: relações individuais, familiares e sociais, para que nossa nação se torne grande novamente aos olhos de Deus", ressaltou o padre ucraniano.

Charron disse estar ciente dos pronunciamentos políticos de Trump que são conflitantes com os ensinamentos católicos, incluindo suas recentes declarações a respeito de ser favorável à disponibilização de pílulas abortivas; mas ele lembrou as ações pró-vida de Trump, que incluem a nomeação de três juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos, que permitiram a formação de uma maioria que derrubou o caso Roe vs Wade em junho de 2022, permitindo que os estados proibissem o aborto.

"Se as pessoas vão se perguntar por que eu estava em um comício de Trump, não era para canonizá-lo ou absolvê-lo de suas muitas imperfeições", disse Charron à CNA.

"Sua recente timidez em defender a legislação pró-vida é indesejável, e não é por isso que estou lá, mas para encorajá-lo a construir algo a partir das vitórias pró-vida de sua primeira administração", explicou.

Padre Charron foi ordenado sacerdote na igreja católica ucraniana, na diocese de são Josafá, em 2008. Ele trabalhou em paróquias na Carolina do Norte, Virgínia Ocidental e Pensilvânia. Atualmente, é pároco da igreja católica ucraniana da Santíssima Trindade em Carnegie, Pensilvânia, e de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Wheeling, Virgínia Ocidental.